Um médico neurologista brasileiro, que fez especialização em Toronto, no Canadá – berço das pesquisas – conseguiu frear e reverter a doença de Alzheimer em um paciente de 77 anos – que não teve seu nome revelado a pedido da família.
O cirurgia de Implante de Estimulador Cerebral Profundo foi dia 11 de dezembro no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, na Paraíba, e os equipamentos foram ligados pouco antes do Natal.
O idoso sofre de Alzheimer há 2 anos e tinha um quadro de leve a moderado da doença.
Recuperação da memória
Em entrevista ao SóNotíciaBoa o médico que fez a cirurgia, Rodrigo Marmo, de 35 anos, afirmou que “na primeira semana o paciente apresentou resultados iniciais animadores”.
Ainda de acordo com o especialista, “15 dias após a cirurgia o paciente volta a se lembrar de caminhos, o vocabulário melhora e ele fica mais atento às conversas”.
A cirurgia
O Implante de Estimulador Cerebral Profundo, foi uma cirurgia usada inicialmente para outra doença: o Mal de Parkinson.
Em 2008 especialistas de Toronto, no Canadá, passaram a usar a técnica experimentalmente em 6 pacientes com Alzheimer – como já mostramos no SóNotíciaBoa. Releia aqui e aqui.
Os resultados positivos atraíram atenção de especialistas dos EUA e de lá pra cá, juntos, especialistas dos dois países “já fizeram a cirurgia em 42 pacientes. Ela não é mais considerada experimental”, alerta o médico brasileiro.
O implante
Rodrigo Marmo se baseou nos estudos que acompanhou em Toronto, no Canadá, durante sua especialização, para operar o paciente brasileiro de 77 anos.
Ele explicou ao SóNotíaBoa como é o procedimento:
“Um marca-passo cerebral é implantado no paciente. Eletrodos, conectados a uma bateria presa no peito, dão pequenas descargas elétricas no cérebro, que estimulam o circuito da memória”.
11 ou 15 dias após a cirurgia o equipamento é ligado e começam a aparecer os primeiros resultados, conta o médico.
Vitória na justiça
A cirurgia é cara porque os eletrodos e o marca-passo são importados.
Custa em torno de 200 mil reais.
Como o paciente vinha piorando – os remédios não estavam fazendo mais efeito – e o plano de saúde se recusou a pagar pela operação do idoso da Paraíba, porque procedimento ainda não foi libertado o pelo Ministério da Saúde – a família dele entrou na justiça… e venceu!
O convênio foi obrigado a pagar pela mesma cirurgia canadense, feita no Brasil pelo especialista Rodrigo Marmo.
Alerta
O especialista alerta que o Implante de Estimulador Cerebral Profundo “não significa a cura do Alzheimer”, apesar de melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente.
Serviço
Hospital Napoleão Laureano – João Pessoa/Paraíba
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