segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A DECADÊNCIA DO TURISMO BAIANO

A crise atingiu em cheio o Pestana do Rio Vermelho – maior hotel de Salvador, com aproximadamente 430 leitos, na torre principal e no lounge. 

Atualmente, pouco mais de 200 leitos estão disponíveis para uso. Após o corte de mais de 100 trabalhadores nos últimos meses, o hotel está com nove dos 22 andares – 40% do total – fechados, terceirizou a operação de eventos e reduziu os serviços de restaurantes, de acordo com informações de empresários do setor, que veem o cenário com grande preocupação. 

Nos bastidores, o que se diz é que a questão seria um reflexo das dificuldades enfrentadas pelo setor, que tem convivido há muito tempo com uma média de ocupação em torno de 56% – abaixo do mínimo de 60%, considerado o limite para permitir retorno – além de problemas próprios da rede. 

Sem precisar quantos quartos estão fechados, o grupo que administra o estabelecimento no Rio Vermelho, diz que o “Pestana Bahia está operando normalmente desde o início do ano com os mesmos 310 quartos que foram remodelados e que conforme as práticas normais em hotelaria, em datas de menor ocupação é habitual alguns pisos serem temporariamente encerrados por uma questão de eficiência operacional e até poupança energética”. 

Pois é, o problema é que quem conhece do assunto garante que a situação está longe da normalidade.


A Gol e o hub da TAM

Quando questionado por representantes do turismo baiano a respeito da possibilidade de a Bahia disputar o hub, uma espécie de central de operações,  de US$ 520 milhões que a TAM pretende implantar no Nordeste do Brasil, o governador Rui Costa respondeu que a companhia aérea estaria buscando reduzir a alíquota de ICMS e descartou participar da disputa. 


Agora, a turma vê Rui anunciar a redução do mesmo imposto para atrair voos da Gol, e chega à conclusão de que os motivos que deixaram a Bahia de fora só podem ser outros, diferentes do anunciado. 

Não  seria a questão geográfica, ou as limitações do aeroporto, cujas obras nunca terminam? Fato é que Pernambuco, Ceará e o Rio Grande do Norte disputam, quase no tapa, o investimento que deve gerar mais de 34 mil empregos diretos e indiretos. 

Fonte: Correio da Bahia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails