A Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro informou na manhã desta quinta-feira (16) que vai localizar as pessoas que depuseram contra Marcos Pereira, pastor da Assembleia de Deus dos Últimos Dias, e oferecer a elas a entrada em programa de proteção a testemunhas.
Segundo a secretaria, todas as pessoas que disseram ter sido ameaçadas serão procuradas. O pastor está preso preventivamente no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste, desde o dia 7 de maio, acusado de estupro.
Em nota, o órgão informou que "as delegacias de polícia são portas de entrada para os programas de proteção do Estado. Qualquer pessoa pode procurar a delegacia, que encaminha o pedido à secretaria".
No dia da prisão de Pereira, o Ministério Público do Rio denunciou à Justiça outros quatro homens ligados ao pastor, por ameaçarem uma testemunha do caso. Segundo a denúncia do MP, o pastor teria mandado Daniel Candeias da Silva e os motoristas Ubirajara Moraes Pereira, o "Bira", Cezar Luiz Moraes Pereira, o "Amaral", e Lúcio Oliveira Câmara Filho ameaçarem uma mulher, após ela ter afirmado em depoimento que foi abusada sexualmente pelo pastor quando era criança.
Segundo o texto do promotor, os denunciados rondaram a vítima enquanto ela trabalhava e fizeram sinais com os dedos para que ela ficasse calada. A mulher disse ainda que os homens voltaram a ameaçá-la, após ela denunciá-los à polícia.
Em nota, o órgão informou que "as delegacias de polícia são portas de entrada para os programas de proteção do Estado. Qualquer pessoa pode procurar a delegacia, que encaminha o pedido à secretaria".
No dia da prisão de Pereira, o Ministério Público do Rio denunciou à Justiça outros quatro homens ligados ao pastor, por ameaçarem uma testemunha do caso. Segundo a denúncia do MP, o pastor teria mandado Daniel Candeias da Silva e os motoristas Ubirajara Moraes Pereira, o "Bira", Cezar Luiz Moraes Pereira, o "Amaral", e Lúcio Oliveira Câmara Filho ameaçarem uma mulher, após ela ter afirmado em depoimento que foi abusada sexualmente pelo pastor quando era criança.
Segundo o texto do promotor, os denunciados rondaram a vítima enquanto ela trabalhava e fizeram sinais com os dedos para que ela ficasse calada. A mulher disse ainda que os homens voltaram a ameaçá-la, após ela denunciá-los à polícia.
"Um dia após D. prestar depoimento [...] sobre as ameaças sofridas no dia 28 de março, os denunciados Ubirajara e Cezar Luiz, a mando de Marcos e para favorecê-lo, ficaram em frente ao local de trabalho de D. de braços cruzados e olhando-a fixamente, numa atitude ameaçadora. Os denunciados Ubirajara e Cezar Luiza somente foram embora quando D. chamou o seu chefe, ocasião em que cada um subiu numa motocicleta e foi embora", diz a denúncia.
Pereira já teve dois pedidos de habeas corpus negados. Segundo as denúncias do MP, o réu é pessoa de alta periculosidade, e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o contrariam. Ainda de acordo com o MP, o pastor utiliza-se de sua autoridade religiosa para amedrontar suas vítimas.
Para o advogado do pastor, Marcelo Patrício, apenas os depoimentos das mulheres não podem ser considerados como provas para embasar a denúncia. "Não há provas contra ele, só depoimentos. Imagina se você vai na delegacia e diz que o Luciano Huck te estuprou. A polícia não pode ir lá prendê-lo baseado somente nisso", disse.
"A denúncia diz que ele poderia ameaçar as vítimas. A mulher diz que o crime aconteceu em 2006. Se fosse para ele ameaçar, ele já teria ameaçado", acrescentou o advogado do pastor. "A denúncia também fala do risco de ele fugir. O pastor esteve nos EUA. Se ele estivesse com medo, teria ficado lá."
Pereira já teve dois pedidos de habeas corpus negados. Segundo as denúncias do MP, o réu é pessoa de alta periculosidade, e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o contrariam. Ainda de acordo com o MP, o pastor utiliza-se de sua autoridade religiosa para amedrontar suas vítimas.
Para o advogado do pastor, Marcelo Patrício, apenas os depoimentos das mulheres não podem ser considerados como provas para embasar a denúncia. "Não há provas contra ele, só depoimentos. Imagina se você vai na delegacia e diz que o Luciano Huck te estuprou. A polícia não pode ir lá prendê-lo baseado somente nisso", disse.
"A denúncia diz que ele poderia ameaçar as vítimas. A mulher diz que o crime aconteceu em 2006. Se fosse para ele ameaçar, ele já teria ameaçado", acrescentou o advogado do pastor. "A denúncia também fala do risco de ele fugir. O pastor esteve nos EUA. Se ele estivesse com medo, teria ficado lá."
Entenda o caso
O pastor Marcos Pereira foi suspeito de estuprar seis fiéis da igreja que comanda, a Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Segundo o delegado Márcio Mendonça, da DCOD (Delegacia de Combate às Drogas), as investigações começaram há pouco mais de um ano, a partir de acusações que o coordenador da ONG AfroReggae, José Júnior, fez sobre o suposto envolvimento de Marcos Pereira com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Ao longo das investigações, a polícia descobriu que o pastor teria estuprado seis fiéis, entre elas três menores de idade.
Ele é investigado ainda pela suposta participação em quatro homicídios, esquemas de lavagem de dinheiro e organização de orgias com menores de idade em um apartamento em Copacabana avaliado em R$ 8 milhões e registrado em nome da Assembleia de Deus dos Últimos Dias.
Ele é investigado ainda pela suposta participação em quatro homicídios, esquemas de lavagem de dinheiro e organização de orgias com menores de idade em um apartamento em Copacabana avaliado em R$ 8 milhões e registrado em nome da Assembleia de Deus dos Últimos Dias.
As pessoas eram chamadas para cultos, mas Pereira as forçava a participar da orgia para "serem purificadas", segundo o delegado. O policial disse ainda que o pastor costumava agir com violência, e que obrigava os fiéis a terem relações com pessoas do mesmo sexo.
Um dos assassinatos no qual Marcos Pereira estaria envolvido seria o de uma jovem que descobriu as orgias e teria tentado denunciá-lo. Um sobrinho de Marcos Pereira também estaria envolvido neste assassinato.
Um dos assassinatos no qual Marcos Pereira estaria envolvido seria o de uma jovem que descobriu as orgias e teria tentado denunciá-lo. Um sobrinho de Marcos Pereira também estaria envolvido neste assassinato.
Marcos Pereira ganhou notoriedade por ajudar na reabilitação de dependentes químicos e resgatar criminosos ameaçados de morte por traficantes. Em 2004, ele negociou com detentos o fim de uma rebelião em um presídio no Rio de Janeiro.
Ele chegou a trabalhar junto com a ONG AfroReggae, que se dedica a recuperar moradores de favelas que tiveram envolvimento com o tráfico de drogas. A parceria terminou em fevereiro de 2012, quando José Júnior, em entrevista ao jornal "Extra", acusou o pastor de ter ordenado os ataques realizados por traficantes contra policiais do Rio, em 2006 e 2010. Pereira negou as acusações e processou Júnior por calúnia e difamação, mas o processo foi extinto pela Justiça.
Ele chegou a trabalhar junto com a ONG AfroReggae, que se dedica a recuperar moradores de favelas que tiveram envolvimento com o tráfico de drogas. A parceria terminou em fevereiro de 2012, quando José Júnior, em entrevista ao jornal "Extra", acusou o pastor de ter ordenado os ataques realizados por traficantes contra policiais do Rio, em 2006 e 2010. Pereira negou as acusações e processou Júnior por calúnia e difamação, mas o processo foi extinto pela Justiça.
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