A violência é um problema social que está presente nas ações dentro dos diferentes âmbitos da sociedade, e as escolas tem sido um dos alvos das diversas formas desta manifestação que tem provocado inúmeros transtornos aos envolvidos no processo educativo. Lugar de formação da ética e da moral dos sujeitos ali inseridos sejam eles alunos, professores ou demais funcionários esta prática não deveria proceder.
Para, além disso, a violência plasmada nas ruas das cidades, a doméstica, os latrocínios, entre tantas outras modalidades e a própria corrupção dentro das esferas dos poderes públicos que deveriam dar exemplo têm levado jovens a perder a credibilidade quanto a uma sociedade justa e igualitária, capaz de promover o desenvolvimento social em iguais condições para todos, tornando-os violentos, conforme esses modelos sociais.
Para Jussara de Barros, graduada em Pedagogia “nas escolas, as relações do dia a dia deveriam traduzir respeito ao próximo, através de atitudes que levassem à amizade, harmonia e integração das pessoas, visando atingir os objetivos propostos no projeto político pedagógico da instituição”.
Muito se diz sobre o combate à violência, porém, levando ao pé da letra, combater significa guerrear, bombardear, batalhar, o que não traz um conceito correto para se revogar a mesma. As próprias instituições públicas se utilizam desse conceito errôneo, princípio que deve ser o motivador para a falta de engajamento dessas ações.
Levar esse tema para a sala de aula desde as séries iniciais é uma forma de trabalhar com um tema controverso e presente em nossas vidas, oportunizando momentos de reflexão que auxiliarão na transformação social.
44% dos professores de SP já sofreram agressão, diz sindicato. E em Lauro de Freitas?
Pesquisa da Apeoesp ouviu professores em 167 cidades do estado.
Agressão verbal provocada pela falta de respeito é a mais comum.
Agressão verbal provocada pela falta de respeito é a mais comum.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgou nesta quinta-feira (9) uma pesquisa sobre a violência nas escolas. Quase metade dos professores entrevistados relata que já sofreu algum tipo de agressão. A pesquisa ouviu 1.400 pessoas em 167 municípios do estado.
Brigas entre alunos e crimes mais graves estão ocorrendo nas escolas. Dos professores da rede estadual, 44% deles dizem ter sofrido algum tipo de agressão – física ou verbal.
Felippe Angeli, coordenador do sistema de proteção escolar da Secretaria Estadual de Educação, disse, por sua vez, que desde 2009 vem sendo desenvolvidas ações para lidar com estas questões nas escolas. Nesta quarta-feira (8), por exemplo, o governador Geraldo Alckmin e o secretário de Educação, Herman Voorwald, anunciaram a compra de câmeras e alarmes para vigilância eletrônica em escolas da Grande São Paulo e das regiões de Campinas e Baixada Santista. O objetivo é preservar o patrimônio público e inibir atos de vandalismo e violência.
Para 35% dos professores entrevistados, os pais ou os responsáveis são quem deve resolver a violência praticada pelos filhos. Outros 25% acham que a escola também tem papel decisivo. E, para 19% dos entrevistados, o governo do estado tem que tomar medidas mais efetivas.
Do total, 84% presenciaram ou ficaram sabendo de casos de violência na escola em que lecionam. Para 95%, os maiores responsáveis são os próprios alunos e apontam o uso de drogas e de álcool, o tráfico de drogas e a briga de gangues como situações que geram violência nas escolas. Os alunos são as maiores vítimas de da violência: 83%.
A agressão verbal é a mais comum, segundo os professores. Para 74% dos entrevistados, o xingamento e a falta de respeito são os principais problemas. A desestruturação familiar é apontada por 47% como a razão da violência, e 49% acreditam que é resultado da educação que os alunos recebem em casa. Em segundo lugar aparece o bullying, com 60%. Pelo menos 5% dos entrevistados já sofreram agressão física.
Para os professores, as escolas e o governo teriam que envolver os pais nesse debate contra a violência. Palestras e debates nas escolas atrairiam os pais para 28% dos professores. Para 16%, também é preciso investir em cultura e lazer dos alunos e familiares. Outros 15% querem que o policiamento nas áreas próximas às escolas seja reforçado para evitar a presença de gangues e tráfico de drogas.
As câmeras de segurança que serão instaladas nas escolas, medida anunciada nesta quarta-feira pelo governador Geraldo Alckmin, não são vistas como uma grande medida contra a segurança, segundo os professores. Só 4% acreditam que as câmeras ajudem a reduzir a violência.
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