Quem é obrigado a sair do conforto de sua residência em Ondina ou Imbui para mergulhar na caótica Cidade Baixa, terá obrigatoriamente que usar de alguma via de acesso. Mas, fora a Contorno e o túnel Américo Simas, a escolha é parca. Ladeira do Taboão ou ladeira da Conceição, mal calçadas, mal iluminadas, imundas e inseguras. Sordidez jamais desmentida.
Existiria mais uma, a única ligando o bairro de Santo Antônio ao Comércio.
Trata-se da esquecida Ladeira do Pilar que une dois monumentos importantes desta parte da cidade antiga: a maltratada Cruz do Pascoal e a Igreja de Santa Luzia. Porque, nestes últimos 20 anos, nenhuma prefeitura se preocupou em recuperá-la, é mais um mistério que o contribuinte gostaria de ver resolvido. O calçamento há muito tempo desapareceu debaixo do lixo nunca recolhido e do capim nunca arrancado. Cortando em diagonal a encosta, área de proteção ambiental tombada por decreto municipal, a ladeira foi aos poucos ocupada por uma população carente e também esquecida dos poderes públicos. As autoridades sabem dos perigos desta invasão, mas fazem vista grossa. Uma solução armengada de “requalificação” se arrasta há mais de dez anos. Como ninguém ousa se aventurar por aquelas bandas, um grupúsculo de pequenos marginais faz a festa. Fácil é vender crack ou arrancar a câmera do turista desprevenido e desandar ladeira abaixo. A sonolenta polícia, pouco treinada, se recusa a correr por aqueles matos. Prefere fazer ponto na pizzaria vizinha. Para carro-patrulha, operação impossível. Muito reclamam os moradores e comerciantes deste abandono. Na delegacia de turismo, as queixas são freqüentes. Um abaixo-assinado, entregue ao Ipac há mais de ano, aguarda que o secretário estadual de Cultura se lembre de dar um parecer sobre o pedido de módulo policial na entrada superior do Plano Inclinado do Pilar, mas o silencio daquelas alturas continua olímpico. Política não é somente inventar projetos megalomaníacos, mas também resolver problemas corriqueiros para melhorar o cotidiano do contribuinte.
Trata-se da esquecida Ladeira do Pilar que une dois monumentos importantes desta parte da cidade antiga: a maltratada Cruz do Pascoal e a Igreja de Santa Luzia. Porque, nestes últimos 20 anos, nenhuma prefeitura se preocupou em recuperá-la, é mais um mistério que o contribuinte gostaria de ver resolvido. O calçamento há muito tempo desapareceu debaixo do lixo nunca recolhido e do capim nunca arrancado. Cortando em diagonal a encosta, área de proteção ambiental tombada por decreto municipal, a ladeira foi aos poucos ocupada por uma população carente e também esquecida dos poderes públicos. As autoridades sabem dos perigos desta invasão, mas fazem vista grossa. Uma solução armengada de “requalificação” se arrasta há mais de dez anos. Como ninguém ousa se aventurar por aquelas bandas, um grupúsculo de pequenos marginais faz a festa. Fácil é vender crack ou arrancar a câmera do turista desprevenido e desandar ladeira abaixo. A sonolenta polícia, pouco treinada, se recusa a correr por aqueles matos. Prefere fazer ponto na pizzaria vizinha. Para carro-patrulha, operação impossível. Muito reclamam os moradores e comerciantes deste abandono. Na delegacia de turismo, as queixas são freqüentes. Um abaixo-assinado, entregue ao Ipac há mais de ano, aguarda que o secretário estadual de Cultura se lembre de dar um parecer sobre o pedido de módulo policial na entrada superior do Plano Inclinado do Pilar, mas o silencio daquelas alturas continua olímpico. Política não é somente inventar projetos megalomaníacos, mas também resolver problemas corriqueiros para melhorar o cotidiano do contribuinte.
Salvador, 2 de outubro de 2010
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