domingo, 3 de abril de 2016

NÃO É SÓ A MONALISA

Turistas perdem as boas obras do Louvre
CARTÃO DE EMBARQUE 
Eles correm como desesperados em direção à Monalisa e esquecem o resto


A cena se repete todos os dias, no Museu do Louvre, em Paris.
Hordas de turistas (são quase 80 mil a cada dia) correm em direção à sala 6, onde está exposta a Monalisa, obra-prima de Leonardo da Vinci. Ignoram tudo que está pelo caminho.
Amontoam-se em frente ao quadro do pintor italiano, tiram um monte de fotos (quase todas imprestáveis, porque o quadro é pequeno, está protegido por um vidro e ninguém pode chegar perto).
Uma parte volta correndo em direção à Vênus de Milo, escultura em mármore, provavelmente obra de Alexandros de Antióquia; o resto vai para o pátio onde se encontram as 3 pirâmides de vidro projetadas pelo arquiteto Ieoh Ming Pei, norte-americano de origem chinesa, tira outro monte de fotos simulando que se encontra com a mão sobre uma das estruturas, e sai achando que visitou o Louvre.

Quase ninguém vê, por exemplo, as curiosas telas (são 2) “O combate de Davi e Golias”, obra de Ricciarelli, ou o subsolo do museu, onde se pode conhecer trechos do castelo que deu origem ao Louvre.
Dois lados de uma mesma luta - Fotos: Alberto Oliveira/Cartão de Embarque
Pior: passam em desabalada carreira pela obra mais impactante do museu: a "Vitória de Samotrácia", obra de escultor desconhecido, confeccionada entre 220 e 190 a.C.

E olhe que ela se encontra em local de destaque, no topo de uma escadaria, passagem obrigatória em direção à Monalisa.

Um comentário:

  1. A horda é em sua maioria japonesa. O turista mais mal educado, grosseiro e até agressivo que se encontra em Paris. Não apenas no Louvre.

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