Humberto Grondona admitiu
que revendeu
ingressos da Copa do Mundo.
Ele também disse que seu nome
não podia ser manchado por US$ 220.
Com o surgimento do escândalo, Humberto telefonou ao canal argentino de esportes TyC e reclamou da notícia, afirmando que não sabia de onde esses ingressos haviam aparecido. Segundo ele, seu nome não podia ser manchado por US$ 220.
Humberto Grondona também alegou que havia recebido vários ingressos e que vendeu esses tíquetes a um amigo que queria ver os jogos no Brasil. Esse amigo teria repassado os ingressos para outro amigo.
Humberto Grandona sustenta que não sabe o que esses outros amigos dos amigos originais haviam feito com as entradas. O filho do cartola argentino afirma que agiu de boa fé e que não está dentro do esquema de desvio de ingressos para cambistas.
No entanto, Humberto Grandona não deu o nome do amigo que citou. Segundo a assessoria de imprensa da AFA, a entidade não fará comentários sobre esse assunto nem comunicados oficiais.
Julio Grondona está no comando da AFA há 35 anos
O pai de Humberto é "Don Julio", como é chamado Julio Grondona, que comanda, com mão de ferro, a AFA há 35 anos, quando foi designado pelo ditador e general Jorge Rafael Videla.
Grondona sobreviveu há três décadas e meia com apenas uma Copa do Mundo conquistada, oito greves de jogadores, três paralisações de árbitros e mais de 40 casos de doping de jogadores da seleção.
Durante essa longa administração de Grondona, fortaleceram-se coincidentemente os barra bravas, denominação dos hooligans argentinos. Grandona já foi acusado de vários casos de corrupção e de vínculos controvertidos com o poder.
Grondona costuma relativizar esses contratempos, pronunciando sua frase preferida: “Tudo passa”. Mas seus críticos afirmam que "tudo passa, menos Grondona".
Desde que ele está no poder, a seleção argentina teve onze técnicos, e o país teve 13 presidentes da República e um único presidente da AFA.
O analista esportivo argentino Ezequiel Fernández Moores, autor de vários livros sobre negociatas no futebol argentino, afirmou anos atrás que Joseph Blatter foi reeleito presidente da Fifa em 2002 graças ao respaldo de Grandona, que foi fundamental, segundo o analista esportivo.
O analista esportivo argentino Ezequiel Fernández Moores, autor de vários livros sobre negociatas no futebol argentino, afirmou anos atrás que Joseph Blatter foi reeleito presidente da Fifa em 2002 graças ao respaldo de Grandona, que foi fundamental, segundo o analista esportivo.
Desde 2009, Grondona tornou-se também o principal aliado da presidente Cristina Kirchner na área esportiva. Naquele ano, o governo Kirchner estatizou as transmissões dos jogos de futebol em troca de um pagamento a AFA e aos clubes argentinos.
De lá para cá, o governo Kirchner gastou US$ 1 bilhão nas transmissões estatizadas. Embora o futebol seja uma atividade lucrativa em todo o planeta, o Estado argentino nada ganha com isso. É que o governo Kirchner não veicula publicidade privada, somente propaganda ficial.
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