quinta-feira, 1 de agosto de 2013

ÁFRICA: FALTA DE MATURIDADE POLÍTICA

Aos 89, ditador do Zimbábue promete cumprir 5 anos de mandato


Mapa  Zimbábue, Zimbabué, Zimbabwe

SÃO PAULO, SP, 31 de julho (Folhapress) - Com 89 anos e há 33 anos no poder, o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe, prometeu cumprir seu mandato de cinco anos se ganhar as eleições presidenciais, que acontecem hoje. Ele tenta se manter no poder após a disputa com o primeiro-ministro Morgan Tsvangirai. 
A eleição acontece cinco anos após Mugabe se garantir no poder em um pleito com diversas suspeitas de fraude e que detonou uma onda de violência que deixou mais de 200 mortos. Em 2009, foi formado um governo de coalizão, em que Mugabe chefia o Estado e Tsvangirai, o governo. 
Os dois postulantes à Presidência votaram durante a manhã. Após votar na cidade de Highfield, ao sul da capital Harare, Mugabe disse que, se ganha as eleições, cumprirá seu mandato de cinco anos e não cederá o poder a outro dirigente de seu partido, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (ZANU-PF). 

Movimento para a Mudança Democrática fala em "fraude monumental" nas eleições.

"Vou cumprir meus cinco anos de mandato. Não vou enganar meu povo que vota em mim. Tenho certeza que o povo vai votar de forma livre e justa. Não há pressão de ninguém", disse o ditador que, ontem, afirmou que cederia o poder se fosse derrotado nas urnas. 

O chefe de governo votou minutos depois, no bairro de Mount Pleasant, em Harare, e disse que vive um momento muito emotivo "depois do conflito, do estancamento, da desconfiança e da hostilidade" do conflito entre seu partido, o Movimento pela Mudança Democrática (MDC), e o ditador. 
"Finalmente o Zimbábue será capaz de seguir adiante de novo. Acreditamos e esperamos uma vitória contundente." 
Pleito 
As urnas foram abertas por volta das 7h locais (2h em Brasília), com filas imensas de eleitores que esperavam desde a madrugada para votar. A polícia local afirma que a votação é tranquila nas dez Províncias do país, mas informou que dois funcionários do MDC foram presos acusados de roubar uma cópia do censo eleitoral. 
As alterações no censo são uma das acusações do partido de Tsvangirai contra Mugabe. Em algumas regiões, há relatos de eleitores que foram impedidos de votar porque seus nomes não constavam na relação de eleitores. 
No entanto, o chefe da missão de observadores da União Africana, o nigeriano Olusegun Obasanjo, disse que não há motivo para preocupação no processo eleitoral

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