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Já os camarotes faturam assim:
O do Reino, R$ 7,2 milhões;
Nana Banana, R$ 6,2 milhões;
Camarote Salvador, R$ 14,4 milhões.
Tudo isso fora os patrocínios.
Mas, por outro lado, sabem quanto um empresário paga de taxa à Prefeitura para montar um camarote no circuito do Carnaval?
R$ 10,58 de taxa inicial e mais 42,34 por metro quadrado. Uma pechincha. Um achado. Uma oportunidade da China. Ou seja, os empresários não bancam, nem de longe, o custo da festa.
Então, quem banca? O Governo do Estado e a Prefeitura investem R$ 30 milhões para colocar polícia na rua, realizar a limpeza, montar e desmontar toda infra-estrutura, pagar equipes de saúde, etc, etc, etc.
Porém lembrem-se: o dinheiro do Governo do Estado e da Prefeitura sai do nosso bolso.
E considerando que pesquisa divulgada recentemente no A Tarde constatou que 76% da população de Salvador não pula carnaval, e mesmo os 24% que pulam ficam espremidos entre tapumes e cordas de blocos, bancar essa festa imensa com dinheiro público fica mais injusto ainda. Tá na hora dessa conta mudar de mãos: quem fatura com o Carnaval é que tem que bancar a festa.
Eu gostaria muito de saber a opinião dos que criticam o Bolsa Família como uma “esmola que deixa o povo dependente do governo” para saber o que eles acham dessa “superesmola” que dá lucro absurdo a empresas e mais empresas no carnaval, às custas dos investimentos públicos.
Tudo precisa ser mudado.
Quer fazer Carnaval, faça para o povo baiano também!...
Em tempo: a Daniela Mercury ficou revoltada com a Prefeitura porque não atenderam ao seu pedido de elevar a altura dos fios da rede eletrica; segundo ela, o seu novo trio ficou um pouco mais alto o que colocaria sua vida em risco; o custo desse pedido, só no circuito da Barra seria de mais de 3 milhões de reais;
já comprou seu abadá do próximo carnaval? Não? Então corra que está acabando!...
ENQUANTO ISSO!!!...
O hospital Martagão Gesteira declara que da Prefeitura de Salvador há dois meses não recebe uma dívida de R$ 2 milhões e o hospital corre o risco de fechar este mês e 700 crianças ficarão sem tratamento, mas para o carnaval nos bairros da Barra-Ondina foram gastos sem titubear R$ 60 milhões pelos gestores municipal e estadual.
O carnaval é prioritário, a saúde não!
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