As irregularidades
no carnaval da Bahia
Por Antonio Nelson
Prefeito ACM Neto manteve irregularidade no Carnaval da Bahia
Jornalismo pornográfico sob o silêncio do Camarote Salvador
Por Antonio Nelson*
O alarido do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), em colocar ordem na casa é apenas mero espetáculo midiático. Um contraste político-social de interesse público ao pragmatismo publicitário de ACM Neto é a complacência com o poder da Casa Grande, em manter a ilegalidade e imoralidade na capital baiana. Um exemplo do escárnio é em praça pública, no bairro de Ondina, Patrimônio da União, com mais um ano de instalação e o funcionamento para uso privado do Camarote Salvador, que pertence a Luís Eduardo Magalhães Filho, sob a alcunha de Duquinho, que é primo de ACM Neto.
Sob a responsabilidade da Superintendência de Patrimônio da União (SPU), que afirma a proibição de qualquer construção irregular, o território é de propriedade da Marinha. Porém, um espaço geográfico estratégico para encher os cofres da iniciativa privada, no circuito Barra-Ondina. Para quem desejou participar do Carnaval no Camarote Salvador, apenas na terça-feira 12, foi necessário pagar R$ 2.090,00 (masculino), e 1.590.00 (feminino).
O Camarote Salvador tem autorização da exploração do local com alvará pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom).
Já para os trabalhadores ambulantes estão proibidos de circularem com carrinho de mão, espetinhos de churrasco, fogareiro de queijo coalho, garrafas de vidro, venda de bebida alcoólica artesanal, como a mistura príncipe maluco. Mais de 2.000 mil agentes estão fiscalizando com apoio da Guarda Municipal e das polícias Civil e Militar. A secretária Rosemma Maluf, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), afirmou que 2013 a fiscalização é mais severa.
Jornalismo pornográfico
Em desrespeito à ética jornalística e o interesse público, a TV Bahia, - afiliada da Rede Globo, o jornal Correio* da Bahia, e a rádio CBN Salvador, conglomerados das Organizações Globo, estão sob obsequioso silêncio.
Certa feita, o jornalista e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, Dr. Francisco José Castilhos Karam falou com exclusividade sobre a ética jornalística brasileira e os veículos de comunicação digital. Onde questionei:
Antonio Nelson - Quais as posturas mais antiéticas cometidas pelas grandes empresas de comunicação brasileira com relação ao profissional e a veiculação da informação?
Francisco Karam - Acredito que os grandes deslizes são aqueles que são guardados como grandes segredos, são os interesses particulares pautados como pauta de interesse público, mas que na verdade esconde interesses particulares ou não são tratados jornalisticamente ou são tratados desde um enfoque que proteja mais a particularidade do interesse e não proteja tanto os valores do interesse público. Então nesse caso é que eu acho que não são profissionais.
Antonio Nelson - No último seminário da Petrobras, o qual contou com sua participação, cujo tema foi “A Ética nas Organizações Empresariais”, o senhor mencionou que as empresas agem pior do que Stalin e Hitler. Poderia explicar melhor essa afirmativa?
Francisco Karam - Eu acredito que tenha me expressado mal, por dizer que agem pior do que Stálin e Hitler, mas elas são muito autoritárias e eventualmente racistas no seguinte aspecto: recortes da realidade. O que é de interesse público acaba sendo feito sob um olhar. O modelo de realidade tem que se adequar a um projeto editorial, não assumindo uma particularidade, na qual todos devem ver o mundo sob esse olhar. Esse autoritarismo é um problema. Reconheço que tem muita coisa boa no ramo jornalístico, mas é claro que quando chega o interesse apesar da grande mídia tratar de todos os aspectos da vida pública, a coisa cai, ou vira segredo ou então é pouco tratada. Esse é um problema que eu vejo bastante no jornalismo de mídia geral.
Fotojornalismo
Com o ímpeto do interesse público, os afrontes sociais que assolam Salvador estão sob as lentes do engenheiro eletricista e fotógrafo baiano Sídio Júnior. Confira imagens inéditas.
*Antonio Nelson é jornalista.
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