Nesse momento em que a presidente Dilma, dizem, não confessa, nomeia para o Ministério da Pesca um bispo evangélico que confessa não saber colocar uma minhoca no anzol, se discute quando o demônio, o satanás, o cão do capital mandará 240 mil toneladas de alimentos para a Coréia. Não, não é para Coréia do Sul, é para Coréia do Norte. A da reforma agrária, cujo único dono da terra é o estado. O estado produtor de mísseis e ateu não produz o que comer. Será que é porque ele não seguiu à risca a cartilha liberal do pós Guerra? Então tome! Tome censura, partido único, extermínio, campo de concentração, proibição dos sindicatos, fim da oposição, de todas as ONGs e de qualquer movimento, seja estudantil, ecológico, negro, índio, gay, feminista, feminino... Também não é legal professar uma fé e fodam-se os Direitos Humanos! A única coisa autorizada por esse tipo de regime é a devoção à milicomania! E tome, tome militar, muito militar! Tome coronéis, generais, marechais e comandantes vitalícios sevados no poder, poder perpetuado em forma de dinastia, enquanto a população espera pelo pão que o diabo amassou.
Agora é a vez da poesia. Como o tema é a fome, deixo a minha primeira receita poética, ainda sem noções de versificação, condimento básico para quem pretende ser poeta:
Arroz Tsé-Tung*
(* Transmissor de doença venérea, serial killer de oitenta milhões de pessoas, sobretudo poetas. Por aqui ele é adorado, sobretudo por poetas...)
Como um dedinho sem verso e prosa,
perfurado pelos micróbios,
um anódino grão de arroz
pena triste entre dois ovos.
Bernardo Linhares
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