quinta-feira, 28 de abril de 2016

SOU MAIS UBER!

Sai do Hospital Espanhol desanimado. Notícias ruins. Paro o primeiro taxi que aparece. “ Por favor, me leve até o Santo Antônio”. O motorista está com televisão acoplada ao volante. Ligada. Peço para desligar. Ou será que não é perigoso dirigir olhando novela? Como ele recusa, na altura da Associação Atlética, mando parar. Me obriga a pagar pouco mais que a bandeira. 

Reservo um taxi para levar amigos ao aeroporto. Meia-hora depois da hora marcada ainda não chegou nem responde ao celular. Por sorte aparece outro taxi. Meus amigos chegaram a tempo. Faço com outro motorista um acordo para levar um casal de turistas até Cachoeira. Aparece quando o casal, irritado por exagerada demora, acaba de entrar em outro taxi. 

Outra vez, convidado a almoçar na ilha de Maria Guarda com mais duas pessoas, fretamos um taxi para o dia inteiro. Ficaria esperando em Madre de Deus. Quando voltamos da ilha, nada de taxi. Evaporou. Em vão tentamos comunicar. Quando finalmente atende, explica que está num engarrafamento na entrada da cidade, não pode passar. No entanto, vários ônibus chegam sem problema. A verdade é que ele voltou a Salvador para atender outros clientes, deixando-nos de molho por mais de duas horas. 

Frente a Perini da Barra, desta vez acertei com um taxista jovem, educado, carro impecável. Durante alguns meses, tudo perfeito. Mas os problemas começam durante a II Bienal da Bahia, com o vai e vem de artistas hospedados na minha casa. No estacionamento do aeroporto o dito briga com os funcionários por meia-hora. E o cliente esperando dentro do carro... A outro artista pede licença para passar rapidinho entregar uma encomenda na Pituba. Com aquela escultora tão bela quanto talentosa, dá uma de play-boy metido a Airton Sena enquanto cantarola no volante. Irritada, ela não se rende ao charme do taxista que nunca mais trabalhou para mim. 

Hoje estou aguardando, esperançoso, o Uber.

Um comentário:

  1. Eu também espero.
    Enquanto isso, aqui no bairro temos um senhor aposentado, educado e que foi para a escola, que tem um bom carro, ar condicionado etc e que me atende e aos muitos franceses, belgas, alemães e até um corso (!) aposentados que moram aqui em Stella. Mas como o Sr. José também reside no bairro, creio que não faria fretes aí no Santo Antônio.O deslocamento sairia muito caro e ele cobra tarifa barata como o UBER.
    Uma pena, desse você iria gostar.

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