HERMETICAMENTE FECHADO!
Com todo o
respeito, o senhor me deve R$10,00. Tenho em mão o recibo comprovando o
pagamento por mim efetuado. Explico: Na quarta-feira, dia 30 de março, tive que
ir até o Comércio. Morando no bairro de Santo Antônio, perto da Cruz do
Pascoal, nada mais natural que usar o Plano Inclinado do Pilar. Eram as 15:00.
Desci
em poucos minutos. Comprei aquilo que pretendia e, para retornar a minha casa, voltei
até o mesmo plano. Acontece que as portas de acesso ao bondinho já estavam
fechadas. Eram as 16:45. Avistando dois funcionários na janela do andar
superior, chamei e perguntei a razão. Um deles me respondeu: “Problema com a máquina!
”.
Assim fui
obrigado a parar um taxi, frente ao Trapiche Barnabé, para voltar a minha casa.
Paguei, mal-humorado, dez reais enquanto meus quase oitenta anos me permitem
legalmente transporte de graça, com ou sem aquele Salvador Card/idoso que não
existe em nenhuma outra parte do Brasil.
Ora, Seu
Prefeito! Ainda não nasceu quem poderá me convencer de que um país que fabrica plataformas
para o pré-sal, aviões militares, comerciais e privados, energias hidrelétrica
e nuclear e todo tipo de armamento – incluindo helicópteros de guerra - não é
capaz de manter um simples plano inclinado a funcionar normalmente mais que uma
ou duas semanas seguidas!
Qual é o misterioso e irresponsável fornecedor de
cabos e rodinhas que quebram com tamanha frequência?! De que adianta organizar
reuniões de moradores do centro histórico para saber das necessidades da
comunidade se a cada ano temos menos transporte público para nos atender? Para
a Praça da Sé ou a Barroquinha, ônibus, só de caju em caju. Ainda por cima, imundos,
infernalmente quentes e com motoristas kamikazes que consideram o passageiro –
especialmente o idoso - menos que gado.
A qualidade
de vida de uma cidade se espelha na qualidade do transporte público. Por
enquanto ainda estamos no Bangladesh. Desde já aguardo, agradecido, meus dez
reais.
IRONIA DESTA FOTO:
PRIMEIRO O PLANO INCLINADO DO PILAR NÃO SE ENCONTRA NO PELOURINHO, MAS NO BAIRRO DE SANTO ANTÔNIO.
SEGUNDO: NEM DE DIA, E DE NOITE MUITO MENOS1
TERCEIRO: ERRO DE PORTUGUÊS. ONDE ESTÁ ESCRITO "MOBILIDADE" LEIA "IMOBILIDADE"
PÁRABÉNS, SENHOR PERFEITO!
Mas o Plano Inclinado que fica na "entrada" do Pelourinho, ao lado da polícia, também nunca funciona. E havia ficado fechado por dezenas de meses até ser "reformado".
ResponderExcluirEndosso a questão dos péssimos ônibus que servem a região da Praça da Sé e seus motoristas "assassinos de velhinhos", como o título do filme. São os mesmos veículos decadentes, únicos e raríssimos que servem ao meu bairro - pasme! - que fica a 40 quilômetros desse ponto.
No meu caso, a não ser que enfrente a promiscuidade do Elevador Lacerda (que também tem sempre mais de uma cabine quebrada), ir ao Comércio ou mesmo ao Santo Antônio é literalmente impeditivo.
Uma cidade que tem um prefeito"Neto" e um Sec, De Mobilidade "Mota" não vai além disso,"caminhônibus",transportes verticais que nunca funcionam,tarifa cara,dificuldades criadas para integração física e tarifária dos ônibus com o metrô,aliais a má vontade da prefeitura com o Metrô sempre foi "latente",e assim descaminha Salvador,um transporte por "caminhônibus" de péssima qualidade e serviço,sem conforto,obsoletos,desorganizado,mal estruturado que só atende as necessidades dos "donos de ônibus",que não passam disso pois estão muito longe de poder considera-los empresários do transporte.
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