Espanha e Portugal poderão conceder cidadania a descendentes de judeus sefardim
Por Alessandre de Argolo
Espanha e Portugal estão com planos de conceder nacionalidade portuguesa e espanhola, respectivamente, a pessoas que descendam dos judeus sefardim (plural da palavra sefardin; em português encontramos as grafias sefarditas ou sefaraditas, que seriam sinônimos) que foram expulsos da Península Ibérica (em 1492, da Espanha, e em 1496, de Portugal). O assunto causou frisson nos últimos dias, principalmente em Israel, e vem sendo tratado na Internet desde os fins de fevereiro deste ano (exemplo da notícia abaixo do El País - versão em português). A concessão seria feita por meio da aprovação de leis que alteram a legislação civil vigente nos dois países, as quais regulariam o assunto.
Quem deu o primeiro passo expresso neste sentido foi o Governo espanhol de Mariano Rajoy, capitaneado pelo seu Ministério da Justiça, que divulgou recentemente a lista de sobrenomes que seriam de origem sefardin. Seria uma política pública espanhola que repara erros históricos cometidos contra os judeus da Península Ibérica, os quais fizeram parte de uma das mais importantes civilizações multiculturais da história, máxime na Andaluzia e durante o período de dominação moura.
O negócio está tão sério que o governo espanhol, que está prestes a aprovar uma lei alterando o Código Civil espanhol (art. 23), publicou uma lista de sobrenomes que seriam supostamente de origens judaicas, de matriz sefardin, o que tem suscitado uma certa polêmica. A polêmica reside em saber até que ponto um sobrenome seria de origem necessariamente judaica, pois muitas famílias judias assumiram nomes que não eram necessariamente de origem judaica desde o início, isso por vários motivos, o principal deles, fugir da perseguição. Quem simplesmente ostentar um dos sobrenomes catalogados poderia requisitar a nacionalidade espanhola. Um outro critério é o do idioma familiar.
A lista circulou pelos grande meios de comunicação de Israel e o assunto foi objeto de matéria dos principais jornais israelenses (Yedioth Ahronoth e Haaretz). O governo israelense tem mantido um escrupuloso silêncio sobre o assunto. Em Israel, várias famílias sefardim já procuraram as representações consulares espanholas para saber o que precisam fazer para obter a cidadania espanhola (Portugal em breve fará a mesma lista que a Espanha fez).
Depois da expulsão, os sefardim se mudaram para muitos lugares, entre eles o nordeste brasileiro (também foram para o norte da África, Balcãs, França e Holanda, por exemplo).
Quem deu o primeiro passo expresso neste sentido foi o Governo espanhol de Mariano Rajoy, capitaneado pelo seu Ministério da Justiça, que divulgou recentemente a lista de sobrenomes que seriam de origem sefardin. Seria uma política pública espanhola que repara erros históricos cometidos contra os judeus da Península Ibérica, os quais fizeram parte de uma das mais importantes civilizações multiculturais da história, máxime na Andaluzia e durante o período de dominação moura.
O negócio está tão sério que o governo espanhol, que está prestes a aprovar uma lei alterando o Código Civil espanhol (art. 23), publicou uma lista de sobrenomes que seriam supostamente de origens judaicas, de matriz sefardin, o que tem suscitado uma certa polêmica. A polêmica reside em saber até que ponto um sobrenome seria de origem necessariamente judaica, pois muitas famílias judias assumiram nomes que não eram necessariamente de origem judaica desde o início, isso por vários motivos, o principal deles, fugir da perseguição. Quem simplesmente ostentar um dos sobrenomes catalogados poderia requisitar a nacionalidade espanhola. Um outro critério é o do idioma familiar.
A lista circulou pelos grande meios de comunicação de Israel e o assunto foi objeto de matéria dos principais jornais israelenses (Yedioth Ahronoth e Haaretz). O governo israelense tem mantido um escrupuloso silêncio sobre o assunto. Em Israel, várias famílias sefardim já procuraram as representações consulares espanholas para saber o que precisam fazer para obter a cidadania espanhola (Portugal em breve fará a mesma lista que a Espanha fez).
Depois da expulsão, os sefardim se mudaram para muitos lugares, entre eles o nordeste brasileiro (também foram para o norte da África, Balcãs, França e Holanda, por exemplo).
Link extraído do site do governo espanhol:http://www.lamoncloa.gob.es/consejodeministros/enlaces/070214-enlacesefardi.htm
Matéria do El País em português sobre o assunto:http://brasil.elpais.com/brasil/2014/02/10/internacional/1392033414_549013.html?rel=rosEP
Mais links que circularam recentemente na Internet e que tratam do assunto:
http://politica.elpais.com/politica/2014/02/10/actualidad/1392033414_549013.html
http://www.20minutos.es/noticia/2059789/0/judios-sefardies/nacionalidad-espanola/expectacion-procedimiento-documentacion/
http://www.abc.es/espana/20140217/abci-anhelado-regreso-sefarad-201402161856.html?utm_source=abc&utm_medium=rss&utm_content=uh-rss&utm_campaign=traffic-rss
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