sexta-feira, 15 de março de 2013

CHAVEZ E O SÍRIO-LIBANÊS




... A história completa desse edificante episódio me foi contada meses atrás pelo oncologista que me acompanha em São Paulo. Segundo ele, tão logo o câncer foi diagnosticado, tomou-se a única decisão sensata no caso: o governo da Venezuela mandou um ofício ao Hospital Sírio Libanês em SP pedindo para que eles tratassem o Chavez. Só que esse ofício estipulava uma enormidade de condições, tais como o governo venezuelano escolher médicos e enfermeiras, aprovar todos os tratamentos, controlar acesso da imprensa e outras pessoas ao hospital enquanto ele estivesse lá e por aí seguia. A resposta do Sírio foi curta e grossa: “Senhores, isto aqui é o Sírio Libanês, não um hospital qualquer; aqui as decisões são tomadas por nosso corpo médico e por nossa diretoria”. Mais, não disseram, nem lhes foi perguntado.
Daí a decisão de tratar Chavez em Cuba, onde todas essas coisas podem ser controladas. Daí também o desfecho da história que aconteceu.

Hoje, finalmente, a verdade sobre a doença de Chavez veio à tona. Ele tinha um Ramdomiossarcoma do músculo Psoas, que foi diagnosticado, erroneamente, pelas sumidades médicas cubanas, como câncer de Cólon.
Ao invés de radioterapia, que poderia, inclusive, ter sido extirpado, foi submetido à quimioterapia, totalmente inócua para esses casos.
Moral da história: o tumor recidivou e surgiram as metástases. Se tivesse ido, inicialmente, para o Sírio Libanês ou o Einstein ou, ainda, para um Hospital de Houston especializado nesse tipo de neoplasia, poderia estar em forma e aprontando das suas.

Carlos Eugênio Junqueira Ayres 
Jornalista - Escritor

Um comentário:

  1. Este texto acima sobre Chavez não é meu! Como meu nome (assinatura de e-mail) parou aí?
    Carlos Eugênio junqueira Ayres

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