O "mensalão" é o primordial registro histórico do legado de Luiz Inácio Lula da Silva, e como bem coloca o procurador Roberto Gurgel: "um atentado sem iguais precedentes à democracia brasileira". O governo Lula da Silva alienou os incautos em orquestradas campanhas de contrainformações; revendeu a uma classe social ascendente o consumismo desvairado através da oferta de crédito desatinado e que agora se afoga em dívidas; assim, de fato enriqueceu os rentistas e especuladores. Legou a quem o sucedesse uma herança espúria expressa numa horda de desregrados travestidos de políticos - seus bons "cumpanheiros", ou de facções aliadas e que dia após dia enxovalham as manchetes pela revelação de atos lesivos ao erário público. Não há novidades, a estirpe de impudicos é mesma desde 2003, e o que se altera e consolida é a constatação do desastre que foi seu desgoverno ao Brasil.
Foi o líder de uma organização constituída com o objetivo da tomada do Poder a interesses próprios, influenciando todos os níveis dos poderes públicos a fim de que deles obtivessem decisões concernentes aos seus interesses. Os designíos de tal organização não eram outros senão a auto preservação no poder a qualquer custo, e o explícito enriquecimento ilícito ora vislumbrado nas manchetes dos jornais. A facção política líder - o PT, tais quais as aliadas, ou mancomunadas formaram e ainda formam verdadeiras milícias de coação aos interesses institucionais do país. São verdadeiros lesas - pátria. Elegeram-se camuflando seus reais objetivos atrás de temas moralizadores para cooptar as massas, exibindo valores morais como a ética; a família; liberdade; proteção às minorias; ou até mesmo valendo-se de figurantes como palhaços e jogadores de futebol. Uma vez no poder revelam seus objetivos antes inconfessáveis.
Gananciosos, se movem livremente dentro do governo, e arruínam as raízes da sociedade e da democracia, contaminam todos os níveis dos poderes a tal ponto que estes sucumbem ao seu controle. - Eis a síntese do mensalão, tal qual contínua sendo a sina do atual governo.
O modelo se esgota em suas práticas demagógicas e pelo esvaecimento das propagandas governamentais enganosas. A atual presidente bem sabe disso. O ator principal da bandalheira passada já não está no palco, e a continuidade tal qual o caminho a seguir depende de Dilma Rousseff. Ao seu livre arbítrio está em cooptar com o passado funesto, ou mudar o rumo fatalmente orientado pelo seu antecessor ao descalabro moral e ético? Em síntese poderá fazer a escolha tal qual todos os seus antecessores fizeram para qualificar seus governos.
Pessoas de primeira classe cercam-se de pessoas de primeira classe; porém pessoas de segunda classe estão sempre cercadas por sujeitos de terceira; ou seja, a escória.
Oswaldo Colombo Filho
São Paulo
Jornal O Estado de S.Paulo 14/07/2011
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