Em 17 de março de 2005, em um hospital no bairro de Laranjeiras, chegava a este mundo uma estrela muito brilhante, que há alguns meses já chamávamos de Ivy.
Seu nascimento era esperado com entusiasmo, mas com certa tranquilidade, afinal, eu já não era um marinheiro de primeira viagem. Ivy, no entanto, tinha algo diferente.
Fisicamente enxergamos olhos puxados e mãos muito pequenas.
Eram os traços da síndrome de Down. Mas as características que a definiam de verdade não podiam ser enxergadas com os olhos.
Naquele dia, Ivy me tirou da zona de conforto, retirou meus eixos do lugar.
Fui sugado para um mundo novo, onde eu nada conhecia, exceto o modo de amar. E foi assim, amando incondicionalmente, que aprendi tudo sobre essa característica genética.
Pouco tempo depois apresentei minha filha ao mundo: "Tenho uma filhinha Down que é uma princesinha!", exibi a frase em minha despedida da Seleção Brasileira.
Hoje a Ivy completa 10 anos. Como passou rápido! E desde seu nascimento, o mundo mudou muito. Algumas mudanças foram impulsionadas por seu nascimento.
Especialmente os ganhos que tivemos em relação às pessoas com deficiência.
Exemplo? A Ivy colocou a síndrome de Down na pauta da mídia e aos poucos foi mudando a forma como as pessoas a enxergam.
Sua estrela brilha muito além do seu ciclo familiar e é essa luz que vem me guiando há algum tempo.
Na prática, Ivy me colocou no eixo correto.
Princesa do papai, o aniversário é seu, mas o presente é meu.
Te amo MUITÃO. Obrigado por tudo.
Parabéns!!!
Parabéns!!!
Romário Faria.
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