Justiça manda soltar piloto que transportou cocaína em helicóptero dos Perrella
Piloto e outros três acusados vão responder a processo em liberdade por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Para a PF e o MPF, não há indício de envolvimento do dono da aeronave, o deputado estadual mineiro Gustavo Perrella, com o caso
A Justiça Federal mandou soltar os quatro homens que participaram do transporte de quase meia tonelada de cocaína apreendida em um helicóptero do deputado estadual Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG), no final do ano passado. O piloto Rogério Almeida Júnior, o copiloto Alexandre José de Oliveira Júnior, Robson Ferreira Dias e Everaldo Lopes de Souza – que descarregavam a droga no momento em que foram flagrados pela Polícia Federal – vão responder em liberdade a processo por tráfico e associação para o tráfico de drogas.
A aeronave, apreendida em novembro de 2013 em uma fazenda no município de Afonso Cláudio, no Espírito Santo, segue em poder do governo capixaba. Elio Rodrigues, dono da fazenda, também responde a processo, mas não está preso. Já Gustavo Perrella não foi citado na denúncia. Para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, não há indícios de que o deputado estadual soubesse que a droga estava sendo transportada no helicóptero de sua empresa.
As investigações apontam que a cocaína veio do Paraguai e que o grupo receberia R$ 186 mil para transportar a droga. Em discurso feito em dezembro, na tribuna do Senado, o senador Zezé Perrella disse que sua família foi “traída” pelo piloto e que seu filho jamais teve qualquer envolvimento com drogas.
Segundo ele, parte da imprensa foi “sacana” na cobertura do episódio. “Mas a imprensa, quando não quer entender, quer ver sangue, quer massacrar. Meu filho não conhece sequer droga. Tanto eu como meu filho lutamos contra as drogas”, declarou o senador.
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