segunda-feira, 21 de abril de 2014

CLAUDETE MORREU

QUANDO A BUROCRACIA MATA


Fim de batalha contra câncer e Estado: morre Claudete Gonçalves

Morreu, na noite desta segunda-feira (14), a vigilante Claudete Mércia Gonçalves, de 50 anos, que lutava contra um lipossarcoma, tipo de câncer que afeta o tecido adiposo. Ela estava internada no Hospital da Unimed, em Bauru, em estado grave.

Claudete tentava, desde janeiro, na Justiça, o direito de receber doses de trabectina 3 miligramas custeadas pelo poder público. Cada uma custa R$ 9 mil. Há dois meses, a paciente travava uma briga judicial contra o Departamento Regional de Saúde (DRS-6), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde. Em março, ela obteve decisão favorável que determinou o bloqueio de R$ 55 mil das contas do governo, mas a liberação ainda dependia de trâmites burocráticos e publicação no Diário Oficial do Estado.

Claudete está sendo velada na sala 1 do Centro Velatório Terra Branca, localizada na quadra 5 da rua Gerson França, e será sepultada ao meio-dia no Cemitério Santa Isabel, em Arealva.

Segundo informações do seu advogado, Carlos Alexandre de Carvalho, hoje completa 80 dias da liminar ganha para que o Estado garantisse o medicamento, prazo máximo dado para sua entrega, que não ocorreu. Ainda hoje o profissional reiteraria a solicitação.

Mês passado, amigas de Claudete Mércia Gonçalves deram início à campanha que teve como objetivo arrecadar fundos para viabilizar o tratamento da vigilante contra a lipossarcoma. A ideia foi mobilizar a população a ajudar em doações, que fizeram com que a paciente, no início de abril, tivesse acesso ao medicamento que tanto precisava para prosseguir em combate ao câncer. Ela conseguir comprar uma dose da trabectina 3 miligramas, mas ainda esperava a chegada de outras.

fonte: jcnet / foto: Reprodução (João Rosan / jcnet)

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