A DITADURA CONTINUA

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Rejane Campelo Queiroz

 

Boa tarde amigos,

Pensei muito antes de tornar isso a público, mas faço isso com o único intuito de prevenir a vocês do grande perigo que corremos quando somos parados por alguma blitz. 

Sentimos na pele o que é você ser abordado por pessoas despreparadas, arrogantes, além da sensação de poder e de uma grande vaidade por estar a frente do comando de uma operação policial. Na quinta-feira pela manhã por volta das 11:00hrs, em uma rua tranquila do Costa Azul, perto do Centro de Convenções, fomos surpreendidos por uma Blitz denominada Apolo cujo o Capitão da operação um jovem branco de uma ignorância e truculência assustadora, não vou citar nomes por medo de represálias, eles armados até os dentes, o sub tenente um negro foi que tentou nos acalmar e nos disse para que ficássemos calados, pois o Cap. era linha dura, e eles os subordinados eram mais flexíveis, o restante da tropa eram mulatos. 

Com isso quero deixar claro que nem sempre a agressão parte dos policiais negros e sempre quem está por trás é o branco que quer mostrar a sua força e poder a sua tropa. A operação era para carros e motos roubadas, bom paramos e meu marido Maurício saiu do carro para pedir a eles que nos liberassem pois estávamos fazendo entregas da nossa salada. 

Resultado o Cap. nos ameaçou com a arma em punho e que nos afastássemos, e mandou que ficássemos calados, se não iria dar ordem de prisão por desacato a autoridade, sem nada ter feito para desacata-lo, eu desabei a chorar, liguei para meu irmão que é Major da reserva pois fiquei com medo de sermos presos, e meu irmão tentando me acalmar, foi ai que o troglodita ficou mais enfurecido, dizendo que nós estávamos tentando intimida-lo, ele pediu os documentos do carro e por azar Maurício estava com a carteira vencida há 2 meses, resumo da opera, fomos escoltados por dois policiais dentro do nosso carro, uma viatura tipo camburão na frente e outra atrás. Parecia que éramos bandidos. Eu e Maurício só fazíamos chorar, pra quem não sabe Maurício sofre de depressão, e naquele momento a crise bateu forte. 

O nosso carro esta preso, no estacionamento da SET, fomos impedidos de trabalhar, pois a ferramenta principal do trabalho de Maurício para visitar clientes ou fazer algumas entregas especiais, é o carro, que só será liberado depois de pagarmos algumas multas. Pensa que parou por ai?? no sábado ele pega a carona com um amigo para fazer uma entrega na Graça, e na volta veio de ônibus, ali na Reitoria de repente 3 viaturas fechou a rua, por azar ele estava dentro do ônibus e todos os homens forma obrigados a descer, até ai tudo bem, só que novamente ele foi vítima de um policial que desta vez ele não viu o nome, o mesmo o agrediu com as costas da mão deu-lhe um tapa na cara, justamente por que ele olhou para trás, tentando ver a identificação do sujeito. 

E ai eu pergunto em que merda de cidade estamos vivendo?? como é que podemos confiar na policia?? Se somos todos tratados como bandidos? não importa se você mostra os seus documentos ou não. Quase toda a minha família, meu pai, avôs, tios e irmãos foram militares da PM, mas eram outros tempos, esta polícia que esta solta nas ruas são piores que bandidos. Não respeitam o cidadão. Fiquei pensando, como eles não devem agir e o que é que eles não fazem pelas periferias, contra os negros, os pobres, os ignorantes, que não sabem dos seus direitos e nem tem quem os defendam.

 É por essas e outras que as pessoas desaparecem e aparecem mortos jogados em valas e lugares ermos. Portanto amigos cuidado, muito cuidado quando vocês por azar forem parados por uma blitz da Apolo, cujo Capitão fui pesquisar no google, e o mesmo já tem processos de acusações de espancamento, agressões, torturas e tentativa de homicídio é mole??