Longa ausência
destes retalhos de notícias recolhidas em jornais, televisão e palpites
pessoas. Razão? Preguiça, simplesmente. E também minha briga desigual com o
plano de saúde Bradesco, briga que ainda não desisti de ganhar. Vou entrar na justiça.
Esta empresa que tão pouco e tão mal trata seus explorados teve o desplante de
me mandar esta mensagem:
|
Acredite se quiser.
Mas vamos lá...
Inconformado com
a irresponsabilidade do Bradesco saúde, estou determinado a criar uma
Associação das Vítimas dos Planos de Saúde. Podem divulgar e entrar em contato
com este blog.
Fui ver o
documentário sobre Francisco Brennand, famoso ceramista pernambucano.
Interessante por que mostra muito de sua instigante obra no magnífico espaço da
fábrica dos arredores de Recife, visita obrigatória para quem preza a cultura.
O filme em si não é transcendental, mas desvenda muito do mecanismo intelectual
do artista. Impressiona a desmedida vaidade do Brennand que não hesita em se
equiparar a Picasso e Gauguin. Surpreende a citação “Que horror! Que horror!”
que teria sido assinada por Joseph Conrad. Você vê algo singular nela? Eu não.
Resta a beleza do conjunto da obra.
Que bonita foi
a lua cheia da noite da Sexta-Feira Santa! Feliz compensação a minha tentativa
de beber um bom café no centro histórico. O Cafelier, fechado. O Laporte, perto
da igreja de São Francisco, fechado. O hotel Vila-Bahia entupido de turistas.
Acabei no saguão do Glauber Rocha, onde encontrei um monte de amigos.
Quando a gente
sabe que a excelência de nossos publicitários consegue ganhar prêmios em
prestigiados concursos internacionais, não se entende a mediocridade dos
anúncios nos canais de televisão. Lamentável a família cujo filhinho lê com
dificuldade fingida “Cai...xa...”. O sorriso imbecil do cara das Casas Bahia, a
falta de criatividade dos carros franceses etc... Única exceção, o hilariante
curta do chiclete Trident com a vaca brega que canta no meio do mar. O resto é
simplesmente insuportável.
No Museu de
Arte da Bahia está finalizando a excepcional exposição de brinquedos da coleção
do fotógrafo David Glat. Imperdível. Vale uma turnê internacional. Estou
empenhado em levar esta exposição para França, através da Aliança Francesa de
Salvador.
O Judas desta
Semana Santa teve sem dúvida o rosto do pastor Marco Feliciano, substituindo o
ex-prefeito João Henrique. Tão patético quanto... Cabelo gorduroso, face
invadida por excessos de álcool, sobrancelhas “trabalhadas” e Bíblia recheada
de dólares.
Os elogios à
montagem da Paixão de Cristo na Concha Acústica foram unânimes. Parabéns ao
diretor Paulo Dourado. Só lamento não ter usado o dique do Tororó, cenário
sempre de beleza excepcional. Saudade do Carlos Petrovitch...
Por que será que
os dois filmes de produção baiana “Coleção invisível” de Bernard Attal e “Ritos
de passagem” de Chico Liberato, terminados em 2012, ainda não foram
apresentados ao público baiano? O primeiro já foi ao Festival de Cinema do Rio
de Janeiro, ao Festival de São Paulo, a Berlim, mas aqui, nada. Perguntar não
ofende.
Certo secretário
estadual anda se queixando amargamente em público e em privado que eu o estaria
perseguindo. Não é verdade. Só contesto, como contribuinte numa democracia de
livre expressão, o fundamento de certas iniciativas que parecem descabidas a
muita gente que entende do assunto. Mas afinal, quem sou eu, por merecer tanta
atenção? O elefante pode se preocupar com a formiga?
Apesar de ser
longe da expectativa de muitos católicos, parece que o novo papa Francisco vai
inovar na sua aproximação com os mais miseráveis. Começou bem, eliminando boa
parte da pompa costumeira ao Vaticano. Será o caminho aberto para uma
verdadeira renovação? A Igreja católica bem que precisa, se quiser sobreviver.
Vamos falar de
coisas gostosas? Caviar, por exemplo? No século XV já era conhecido na Europa.
François Rabelais fala dele, Miguel de Cervantes também, pela boca de seu Dom
Quixote. Pode custar até R$ 30.000,00 reais o quilo. Posso dar um bom endereço
se você quiser fazer uma encomenda...
O bairro de Santo
Antônio, coração de Salvador, está fervendo. Dizem que vão alargar os passeios,
enterrar a fiação elétrica e restaurar a Cruz do Pascoal e fazer um belo jardim
no largo de Santo Antônio. Realmente, colocaram um belo andaime em volta deste
monumento. Mas depois... nada. Ainda não apareceu um só trabalhador em uma
semana.
No lugar mais
estratégico do centro histórico, esquina do Terreiro de Jesus com a Praça da
Sé, um amplo espaço foi atribuído à Caixa Econômica. Tinha o quê ali? Não seria o endereço mais adequado
para um confortável Ofício de Turismo? Com mesas e poltronas para acolher os
turistas, tela mostrando as belezas da terra, convite para se aventurar no
Recôncavo, a Chapada Diamantina, o Rio São Francisco, os museus de Salvador?
Mais uma vez a Secretaria Estadual de Turismo perdeu o bonde.
E logo ao lado,
adivinhem quem se instalou: A Conder! Precisava de tanta ostentação? Melhor
seria apressar as obras. Ninguém agüenta mais tanta barulheira com os
guindastes, tanta poeira nas obras com aquilo que é costumeiro cartão postal
baiano: dois homens trabalhando e cinco olhando e conversando. Não tem UM só
turista que não repare nesta curiosa forma de trabalhar. Mas noís paga!
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