segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A CONTA SOBROU PARA A CHESF


Fernando Castilho 


  Em fevereiro, quando os consumidores e empresários de todo
 Brasil receberem as contas de energia com uma redução média de 16%, poucos vão saber que dessa conta quase a metade (46%) terá vindo da Chesf, reconhecidamente a melhor empresa do setor elétrico, a que mais rendimentos pagou a sua controlada, a Eletrobras. Ironicamente, é também a empresa que mais vai contribuir com a redução nas contas. É bom lembrar que isso significa que, nos próximos anos, ela vai encolher. 
  Tudo começou quando a proposta da presidente Dilma
 
Rousseff foi torpedeada pelas empresas de São Paulo, Minas e
 Paraná, que se recusaram a aceitar a indenização pelas usinas amortizadas, obrigando a União a bancar parte dessa conta. 
O problema é que a maior parte dela virá das usinas de uma 
empresa que gera sua energia no Nordeste.
 
  Assim, quando a conta chegar mais baixa, é bom saber que
 este benefício terá sido proporcionado pela região mais pobre do País. 
Um desconto que ajudará as regiões mais ricas, dará 
mais competitividade às empresas mais sólidas e vai condenar à
 morte lenta a melhor empresa que o setor elétrico tem hoje no   País. 

Fonte: JC Negócios 

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