A notícia do ano será com certeza a morte de Bin Laden. Finalmente! Nada de montanhas, gruta ou subsolo, mas era numa cidade pacata do Paquistão que o homem se escondia, provavelmente com a conivência das autoridades. Tratava-se de um fanático cuja violência foi, infelizmente para alguns milhares de vítimas, mais do que comprovada. Mas é bom notar que este desequilibrado foi formado pelos mesmos que o mataram: os norte-americanos. Algo ensinaram errado. O corpo foi jogado no mar depois de identificado. Agora vamos apostar que será reverenciado que nem Dom Sebastião. Confesso que me incomodaram as demonstrações de alegria dos americanos, como sempre envoltos em bandeiras nacionais. Alívio profundo, sim. Mas aquela euforia exuberante me pareceu mais perto do nacionalismo primário que do alívio de saber o homem morto. O fundamentalismo continuará? Claro que sim. Como depois da morte de Hitler, o nazismo continua. Não há lei nem polícia que possa impedir. Fazer o quê? Lavagem cerebral? Somente uma melhor distribuição de renda, melhor educação, essas coisas...
Quem ainda mantinha um resquício de fé no PT, acaba de perdê-lo. O Delúbio Soares, pivô do escândalo do mensalão do PT, foi reintegrado ao partido. Nada mais diferencia este dos outros, todos manipuladores e aéticos. Todos só desejam uma coisa: o poder. A qualquer custo. Agora só falta aparecer o José Dirceu que, na sombra, continua orquestrando grande parte da política do governo.
O sindicalismo não é mais o que era. Somando os públicos das Praças Castro Alves e Municipal, às 17:30 deste domingo 1° de maio, o público não ultrapassava 2.500 participantes, incluindo PMS, ambulantes, guardas municipais, pivetes e polícia civil. Em contrapartida, o som amalucado dos dois palanques deixava imaginar 250 mil pessoas.
Quando ele foi eleito presidente dos EUA, apesar de meu entusiasmo, escrevi uma clara restrição: “Antes de ser negro, Barak Obama é americano”. Um ano e cinco meses depois, uma bomba é detonada pela imprensa internacional. Apesar das promessas de campanha, a vergonhosa prisão de Guantánamo continua ativa e ainda não soltou os 150 presos cuja comprovada inocência não é desmentida pelas autoridades americanas. E depois essa gente vai dar aulas de direitos humanos pelo mundo afora!
O convento de Cairu corre sérios problemas. Depois da agressão do tempo, umidade, cupim etc. a intervenção de uma empresa que não parece ter experiência em restauração e um (ir) responsável como aquele que vandalizou o convento de São Francisco em Salvador, deixa adivinhar um futuro sombrio para nosso patrimônio. Voltaremos ao assunto com mais detalhes.
Uma exposição sobre o tema do atelier do Carybé continua discretamente na galeria do Solar Ferrão, Pelourinho. A bem da verdade, não entendo como o governo da Bahia não fez até hoje a retrospectiva que este artista merece. Nada contra a presente exposição, mas ela brilha por uma gentil banalidade que não impressiona ninguém. A Secretaria de Cultura ficou nos devendo uma visão mais abrangente deste estrangeiro mais baiano que muitos “da gema”.
Mas estes cambistas de porta de teatro são uma praga mesmo! Quando da inauguração do festival Viva Dança, no TCA, lá estavam eles vendendo “baratinho” entradas para o Antônio Nóbrega, enquanto eu, que tinha convite, não consegui entrar. Não há nada que se possa fazer para combater este absurdo?
A política do reacionário governo de Israel “Dividir para reinar” não mais vai funcionar. O acordo de paz entre as várias facções da Palestina é um grande avanço na barganha pela luta de seus territórios. Esta parte do mundo precisa de paz. Uma paz justa, que respeite os direitos de cada povo.
Outro louco sanguinário, Muamar Khadafi contina olhando cada manhã seu espelho perguntando “Espelho, espelho meu... Qual o mais ridículo dos ditadores?”. Os modelitos que este cara inventa para cada aparição na imprensa é algo que nem o finado Clodovil teria imaginado.
O casamento de Kate e Harry me levou ao passado. Estudante em Londres, em 1960, fui um dos inúmeros curiosos que ficaram horas sentados nos gramados em frente ao palácio de Buckingham para ver passar o cortejo da princesa Margaret e noivo. Era um dia ensolarado e, se mal consegui enxergar os noivos, pelo menos tive uma boa visão da real carruagem. O casal teria uma vida conturbada pela frente. Na imprensa marrom, falava-se da vida “agitada” do fotógrafo Antony Armstrong-Jones e dos militares que saíam de sua residência na madrugada. Talvez após ter posado para suas lentes profissionais. Acabaram divorciando.
Belo e merecido destaque no caderno 2 do jornal A Tarde para este monumento que é nosso crítico de cinema André Setaro. Ainda não apareceu na Bahia nenhum outro do mesmo tamanho.
O Brasil constrói cargueiros, plataformas de petróleo, aviões, mas não tem uma só fábrica de carro nacional. Falta de competência com certeza não é. Com um povo que compra milhões de novos veículos por ano, é evidente que deve haver um poderoso cartel de fábricas de carros estrangeiros.
Os regimes comunistas sempre se caracterizaram por um total desprezo ao meio-ambiente. Cuba, Unhão Soviética, China etc., mais envolvidos com a propaganda inerente à competição política internacional, nunca se preocuparam com a conservação da natureza. E o Aldo Rebelo (PC do B) é a mais recente prova de uma postura de absoluta incompreensão da gravidade do problema ambiental. Seu Código Florestal é um suicídio coletivo. A pergunta que não quer calar: Quem comprou o Aldo Rebelo?
Um leitor deste blog notou que os 3 hotéis de luxo a serem implantados em Salvador – Fasano, Hilton e Txai – estão localizados em áreas do centro que são praticamente intransitáveis de noite. A não ser que haja uma política séria de melhoramento da segurança, que passa pela questão social que passa...
Alguém para matar esta charada? Se, na escala de valores da Gilette, a barba do chicleteiro Bel Marques vale 2 milhões de reais e a do governador Jaques Wagner somente 500 mil, quanto valerá a barba do Lula?
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