Tenho recebido alguns comentários sobre minha suposta mudança de opinião a respeito da nova presidente do Brasil. Vou já esclarecendo: profundamente democrata, reconheço a escolha de significativa maioria eleitoral. O povo quis? Que assim seja. Em nada invalida minhas críticas e restrições anteriores. Na verdade nenhum dos três candidatos me pareceu merecer tão importante cargo. Lamentei em especial a hipocrisia em relação à religião, aborto e drogas. Por outro lado, nunca me afetou a eventualidade de Dilma Rousseff ter planejado assaltos a bancos na época da ditadura militar. Sabia perfeitamente que arriscava sua pele. E cá entre nós, estes não assaltam nossos bolsos cada dia, sem que nenhum governo, nenhuma polícia ache errado? Um amigo meu, hoje falecido, esbanjava alegria cada vez que uma agência bancária era assaltada. Chamava isso de “Lei das compensações”. O que me preocupa, sim, é a escolha fisiológica dos novos ministros, cujos conhecimentos profissionais pouco ou nada têm a ver com a pasta recebida. Para Fulano, tanto faz ser da Agricultura ou dos Transportes, da Energia ou da Burocracia, já que de qualquer forma nada entende do assunto. Isso sim, me incomoda, e muito.
Cuidado com a GVT: mesmo quando a chamada de celular não é completada, esta empresa não hesitará em debitar na conta.
Não se deve perder a exposição “Luzescrita” na galeria do Solar Ferrão, centro histórico de Salvador. Pena a mancada do Daniel Rangel - diretor dos museus do Ipac - que ostenta constrangedora ignorância ao atribuir ao latim o termo “Photographie”. Amigo! Todas e quaisquer palavras compostas com PH derivam do grego, sacou? Esta palavra – photos = luz + graphie = escrever – foi inventada pelo astrônomo inglês John Frederick William Herschel em 1839. Basta abrir o Google. A classe dos museólogos começa a resmungar, com toda razão. Este moço animado, com certeza, das melhores intenções, confunde museologia com galerismo (neologismo oriundo de Galeria e não de Galera). Existem referências e critérios que não podem ser simplesmente descartados ao bel prazer de um jovem que chegou de para-queda ao posto, no embalo das inovações, confundindo alguns básicos valores acadêmicos. Resta saber quem teve a idéia de colocar a pessoa talvez certa no posto com certeza errado.
Em tempo: o rapaz é filho de uma família de numerosos funcionários públicos.
E se houvesse um Weakleaks tupiniquim, heim?! Seria o fim do congresso e de todos os parlamentares! Um tsunami levaria para bem longe o bando Sarney, os compadres Renan, Collor, Maluf, Garotinho e tantos outros que, apesar do clamor público, nenhuma ficha limpa conseguiu afastar.
Para não dizer que ando perseguindo a atual prefeitura: pelo menos, após anos de omissão, se lembraram de restaurar o terminal do Aquidabã, magnífico trabalho de engenharia civil da década de 80, digna de registro em revistas especializadas internacionais.
Más línguas afirmam que a filha da esposa (responsável pela área de dança do teatro Vila Velha) do Marcio Meirelles está empregada na Secretaria Estadual de Cultura. Por acaso não seria nepotismo, proibido por lei?
A Aliança Francesa está de vento em popa. A reinauguração do teatro Molière, com 133 assentos, tem uma excelente acústica e ar condicionado bem regulado (não é preciso levar agasalho) O intimismo do espaço se revela ótimo para o teatro de vanguarda
E a área aberta e acolhedora do Café-Terrasse começa a ser o must dos eventos literários
A piada do ano? O Partido Verde estudando a admissão do prefeito João Henrique Carneiro. Este triste senhor, de ecológico só tem mesmo é o nome de família, porque, de resto, sempre foi considerado o Inimigo Público N°1 da natureza. Que o digam os bichos e insetos deslocados das matas que hoje tem como nome Alfaville, Greenville e outros villes, villages e parks.
Com a sucessão de escândalos e denúncias mil envolvendo a prefeitura e o próprio prefeito – desde 1990, Fernando José – não se via tão lamentável administração municipal. Muitos começam a considerar a renúncia como única saída honrosa de João Henrique. Senão, somente restará a operação cirúrgica sem anestesia do impeachment. Se fosse no Japão, seria hara-kiri na certa.
Quem não se lembra das falcatruas milionárias da doutora Jorgina, procuradora do Estado do Rio de Janeiro? Ela e comparsas surrupiaram do INSS R$310 milhões há mais de quinze anos. Até hoje só R$80 milhões foram recuperados. Já está em regime semi-aberto, trabalhando, dizem, numa empresa ligada ao governo. Acabará solta por “bom comportamento”, podendo assim usufruir ainda de generoso pé de meia. Só você, leitor, eu e mais uns poucos otários é que não conseguimos “se dar bem”.
Uma lamentável notícia: Paulo Maluf continua ativo na política. Conseguiu escapar da Ficha-Limpa! Brasília não tem jeito, não!
Esteve em Salvador, onde ficou por vinte dias hospedado no Solar Santo Antônio, o francês Christophe Voros, presidente da Fédération européenne des sites clunisiens. Vasculhou a cidade de cabo a rabo, escrevendo suas primeiras impressões para o blog http://www.tourismebahia.com/ Estranhou a total ausência de visitantes no belíssimo Museu de Arte Sacra. Tem anos que reclamo da total falta de interesse da Ufba em divulgar tão excepcional espaço. Todos os visitantes que mando para lá voltam com a mesma observação. Deveria ter assessoria de imprensa só para ele, tal a beleza do conjunto!
Para os que dominam o inglês, recomendo, neste mesmo blog, assistir aos 60 minutos do programa “Brazil success” da americana CBS.
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