Renderam deliciosos bombons e muito doce japonês! Emprego mesmo - de carteira assinada e tudo, mas sem cerimônia de posse -, consegui aos 18 anos, como secretária. Na verdade, minha função não passava de atendente sorridente, babá de gente grande, passadora de telex e datilógrafa, numa concessionária de veículos.
Mas confesso que fui indicada por um amigo da minha mãe. Sim, o primeiro emprego quase sempre precisa de um empurrãozinho de alguém conhecido, porque o jovem ou a jovem pode até ter bastante talento, mas falta-lhe a danada da experiência. Aquilo que a gente vai adquirindo ao longo de muita ralação profissional e pessoal.
Fui trabalhar porque queria estudar na Universidade Católica - uma universidade privada e cara. Para surpresa e aflição da minha família, fiz essa escolha como primeira opção, porque o meu desejo era ser jornalista. Não sei se isto era real ou foi uma informação mal dada por alguém, à época, mas soube que só na Unicap saíamos com o diploma de bacharel em comunicação social com habilitação em jornalismo. As demais formavam comunicólogos.
Bobagens de juventude! Não faria a menor diferença hoje. Como os incentivos governamentais para jovens de classe média baixa estudar eram quase nulos e eu não queria mais sacrificar minha mãe, decidi estudar à noite e trabalhar durante o dia. E cá estou agora, recebendo uma bolsa acadêmica (por mérito), adquirindo novas experiências e, me preparando para voltar ao mercado de trabalho, com a certeza de que não sou herdeira de nenhuma capitania hereditária.
VANIA BRAYNER
hahaha, Dimitri, ainda não tinha visto essa publicação. Beijos, querido.
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