Está escrito: O centro histórico de Salvador foi tombado pela Unesco, portanto, é proibida qualquer descaracterização de monumentos e imóveis. Nada de mexer nas fachadas originais ou na volumetria.
Ah é? Então quem autorizou o arquiteto “tudo branco” e a estrela global a simplesmente acrescentar um andar em duas casas contíguas bem na frente do Convento do Carmo? Da traseira, nem se fala. Concorre com o elevador Lacerda.
Se eles podem, então você também pode... ou será que não pode por não ser rico e famoso? Era o que faltava!
Enquanto se usa - com a maior fantasia e sem o menor estudo preliminar - o Pelourinho como outdoor publicitário para as tintas Coral em orgias acrílicas, no Santo Antônio tudo pode.
Ah é? Então quem autorizou o arquiteto “tudo branco” e a estrela global a simplesmente acrescentar um andar em duas casas contíguas bem na frente do Convento do Carmo? Da traseira, nem se fala. Concorre com o elevador Lacerda.
Se eles podem, então você também pode... ou será que não pode por não ser rico e famoso? Era o que faltava!
Enquanto se usa - com a maior fantasia e sem o menor estudo preliminar - o Pelourinho como outdoor publicitário para as tintas Coral em orgias acrílicas, no Santo Antônio tudo pode.
É só esperar por um longo fim de semana, melhor até enforcando com feriado na terça ou na quinta, e haja mudança de portas e janelas, colocação de gradil e azulejos de sanitário na fachada, abertura de garagem e outros “melhoramentos”!
Sejamos realistas: Culpar o morador não serve.
Será que os infelizes proprietários de imóveis em bairro tombado usufruem de alguma contrapartida? Pagam menos impostos? Têm acompanhamento gratuito e rápido (ra-pi-dô!) de arquitetos e engenheiros de algum órgão público? Facilidades financeiras para conservar os imóveis? Existe algum estacionamento para guardar os carros dos moradores?
É muito fácil proibir garagem no térreo das casas, quando os donos da decisão moram em edifícios e condomínios a anos-luz do centro histórico, com as costumeiras mordomias da classe média.
Sejamos realistas: Culpar o morador não serve.
Será que os infelizes proprietários de imóveis em bairro tombado usufruem de alguma contrapartida? Pagam menos impostos? Têm acompanhamento gratuito e rápido (ra-pi-dô!) de arquitetos e engenheiros de algum órgão público? Facilidades financeiras para conservar os imóveis? Existe algum estacionamento para guardar os carros dos moradores?
É muito fácil proibir garagem no térreo das casas, quando os donos da decisão moram em edifícios e condomínios a anos-luz do centro histórico, com as costumeiras mordomias da classe média.
De qualquer forma, com a absoluta falta de fiscalização, cada um pode fazer o que bem entender. É só o leitor ir até lá e verificar como o bairro está cada dia mais para Massaranduba e menos para patrimônio da humanidade.
Mas ninguém tenha medo, não. Com a burocracia kafkiana que afoga toda e qualquer repartição, os processos acabam na lixeira do esquecimento e ninguém é punido.
Querem saber uma coisa? Acho que vou subir mais uns dois andarzinhos e modernizar minha fachada. Alumínio e blindex não são o máximo?
Velharia já era, gente!
Mas ninguém tenha medo, não. Com a burocracia kafkiana que afoga toda e qualquer repartição, os processos acabam na lixeira do esquecimento e ninguém é punido.
Querem saber uma coisa? Acho que vou subir mais uns dois andarzinhos e modernizar minha fachada. Alumínio e blindex não são o máximo?
Velharia já era, gente!
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