AS PRODUÇÕES TEATRAIS DE GIL VICENTE TAVARES COSTUMAM ATRAIR MULTIDÕES. NESTA SOCIEDADE DE CONSUMISMO IMEDIATISTA MAIS VOLTADA PARA OS TAIS FAMIGERADOS SHOWS "LEVANTA A MÃOZINHA, GALERA!" É BOM SABER QUE EXISTE UM PÚBLICO QUE AINDA NÃO PASSOU POR LAVAGEM CEREBRAL!
FUI VER "QUARTETO" NA ÚLTIMA NOITE NO TEATRO DO ICBA COM ESPECTADORES SAINDO PELO LADRÃO.
FICANDO NA ÚLTIMA FILA E SEM USAR FLASH, ME PERMITI USAR E ABUSAR DE FOTOGRAFAR.
AQUI VÃO MINHAS IMPRESSÕES. COMO ESPECTADOR, NÃO COMO CRÍTICO (QUE NÃO SOU).
UM TEXTO DO ALEMÃO HEINER MÜLLER DENSO, DIFÍCIL, BASEADO NO CLÁSSICO DO FRANCÊS CHODERLOS DE LACLOS "LES LIAISONS DANGEREUSES".
CONFESSO TER TIDO CERTA DIFICULDADE EM ENTRAR NO RITMO DESTE QUASE DRAMA. POSSO ME PERMITIR ALGUMAS RESTRIÇÕES? ACREDITO QUE O TOM ESCOLHIDO DE TENSÃO CONSTANTE TRAZ O PERIGO DE CANSAR O ESPECTADOR. TERIA PREFERIDO ALGO MAIS COLOQUIAL. AFINAL, MADAME DE MERTEUIL E O VISCONDE DE VALMONT SÃO ARISTOCRATAS DECADENTES PARA QUEM A PERVERSÃO É UM JOGO PERMANENTE.
BERTRAND DUARTE
OS DOIS ATORES RIVALIZAM DE TALENTO AO TROCAR DE PAPEL COMO NUM PASSO DE MÁGICA, MUDANDO DE ACESSÓRIO. POR SINAL OS FIGURINOS DE RINO CARVALHO SÃO EXCELENTES.
MARCELO PRADDO
ENFIM A LUZ ACOMPANHA OS CÂMBIOS DE SITUAÇÃO COM FIDELIDADE. GOSTEI DAS CORES, COM FREQUÊNCIA AGRESSIVAS E DA DISCRETA TRILHA SONORA, MAS TALVEZ OS QUATRO MARCOS SUSPENSOS NÃO FOSSEM INDISPENSÁVEIS.
NO TOTAL UM TRABALHO QUE MERECEU ENCHER O TEATRO.
PARABÉNS PARA TODA A EQUIPE!
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