Luiz Mott
Temos medo sim,
por isso vivemos todos presos dentro de casa, com muros altos, cercas elétricas
e grades pontiagudas. Nos últimos anos os cidadãos de bem tiveram de entregar
suas armas ao governo, enquanto os ladrões andam soltos, matando 137 cidadãos por
dia!
Todo mundo anda
com o vidro do carro fechado, sem poder mais usar relógio ou corrente no
pescoço, tantos conhecidos nossos, familiares e vizinhos já foram vítimas de assaltos,
saidinhas bancárias, agredidos ou mortos por causa de um celular. Os culpados
são os donos do poder que não zelam pela nossa integridade física, que usam a
polícia para atirar contra manifestantes, mas não garantem a segurança pública.
Nossas mulheres
têm medo sim de viver neste país onde a cada duas horas uma é assassinada,
cinco mil femicídios por ano, vítimas do machismo e da insensibilidade de uma
presidenta cúmplice de milhares de mortes provocadas por abortos clandestinos, já
que vetou o projeto de lei que devia descriminalizar o aborto em casos
específicos! Muito medo têm os jovens negros, que representam 2/3 das vítimas
de homicídios na periferia.
A comunidade
gay tem medo sim de viver no Brasil, campeão mundial de assassinatos de
homossexuais e travestis – um
“homocídio” a cada 25 horas, onde a Presidenta é vaiada nas paradas gays e
chamada de “dilmofóbica”, por ter vetado o kit educacional contra a homofobia ,
curvando-se à pressão dos fundamentalistas homofóbicos de sua base aliada.
Temos muito
medo, de ver o Presidente do STJ ser ameaçado de morte, por ter atendido ao
clamor das ruas e condenado um bando de “aloprados”, grandes nomes da elite
governista, que desfalcaram os cofres públicos e agora posam de vítima e tramam
contra esse justo juiz.
Os cidadãos conscientes
têm medo sim da propaganda enganosa e dos paliativos eleitoreiros que
anestesiaram a consciência crítica de nosso povo, que a troco mais de circo/copa
do que de pão, vota em quem não presta e é culpado pelo caos em que se encontra
nosso querido Brasil.
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