Conheça rota de restaurantes em Salvador onde as delícias não pesam no bolso
Victor Villarpando
Comida gostosa e barata: é nossa proposta para este domingo.
Garimpamos lugares da cidade em que dá para comer bem com cerca de R$ 20 por
pessoa. Às vezes até menos. Do pé sujo sem reboco na parede ao meio alternativo
que recebe as pessoas no jardim de casa. Nas cidades alta e baixa. De
Plataforma ao Nordeste de Amaralina, passando pelo Garcia, Sete Portas,
Lapinha, Graça, Tororó, Pituba e Piedade. Alguns são mais “roots”, outros
fofinhos. Mas todos têm pratos de primeira qualidade. Confira a nossa seleção de
bares e restaurantes onde dá para se deliciar sem gastar os olhos da cara.
Boteco do Piri
Depois de trabalhar 16 anos nos badalados restaurantes Veleiro (Yacht Clube da Bahia) e Chez Bernard, Jailton Fernandes, o Piri, resolveu criar seu próprio negócio. “Quis trabalhar onde moro, o povo ter chance de conhecer coisas que só os magnatas podiam comer”, conta o chef. Entre elas, está o Arrumadinho 8 Sabores, que une feijão tropeiro, vinagrete, banana-da-terra frita, ovo cozido, carne do sol, lombo suíno, frango, carne de fumeiro e camarão. Custa R$ 26 e serve duas pessoas.
Depois de trabalhar 16 anos nos badalados restaurantes Veleiro (Yacht Clube da Bahia) e Chez Bernard, Jailton Fernandes, o Piri, resolveu criar seu próprio negócio. “Quis trabalhar onde moro, o povo ter chance de conhecer coisas que só os magnatas podiam comer”, conta o chef. Entre elas, está o Arrumadinho 8 Sabores, que une feijão tropeiro, vinagrete, banana-da-terra frita, ovo cozido, carne do sol, lombo suíno, frango, carne de fumeiro e camarão. Custa R$ 26 e serve duas pessoas.
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O Boteco do Piri tem capacidade para até 60 pessoas:
experiência gourmet no Nordeste de Amaralina (Fotos: Angeluci
Figueiredo/CORREIO)
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Já o Escondidinho 4 Sabores mistura purê de aipim, carne de
fumeiro, carne do sol, camarão e banana-da-terra. Custa R$ 28 e alimenta dois.
Originalmente, as mesas e cadeiras abrigam cerca de 20 pessoas, mas se estendem
pela calçada no fim de semana até acomodarem 60. O litro de refrigerante sai
por R$ 4,50 e a cerveja, a partir de R$ 6. O pagamento pode ser no cartão de
débito. Funcionamento: terça, quinta e sexta, das 17h às 23h; sábado, das 11h30
às 23h; domingo e segunda-feira, de 11h às 19h. Endereço: Rua Alto da Alegria,
200, Nordeste de Amaralina. Telefone: (71) 8781-0095.
Recanto de Tia Célia
O cheiro da feijoada perfuma todo o beco e fisga quem passa pela rua Padre Domingos de Brito, no Garcia. As responsáveis pelo convite olfativo são Carina Maria e sua tia, Lêda, que comandam os Recantos da Tia Célia e da Tia Lêda. De domingo ao almoço de quinta-feira, o feijão sai das panelas de Lêda. Da tarde de quinta até o sábado à noite, quem comanda o caldeirão é Carina Maria, filha da lendária Tia Célia, que deu notoriedade ao local ao receber clientes ilustres como Lázaro Ramos, Taís Araújo, Belo, Glória Maria e Xanddy. O prato comercial da feijoada que seduziu tantos famosos custa R$ 30, serve duas pessoas e vem junto com arroz e salada de tomate com cebola.
O cheiro da feijoada perfuma todo o beco e fisga quem passa pela rua Padre Domingos de Brito, no Garcia. As responsáveis pelo convite olfativo são Carina Maria e sua tia, Lêda, que comandam os Recantos da Tia Célia e da Tia Lêda. De domingo ao almoço de quinta-feira, o feijão sai das panelas de Lêda. Da tarde de quinta até o sábado à noite, quem comanda o caldeirão é Carina Maria, filha da lendária Tia Célia, que deu notoriedade ao local ao receber clientes ilustres como Lázaro Ramos, Taís Araújo, Belo, Glória Maria e Xanddy. O prato comercial da feijoada que seduziu tantos famosos custa R$ 30, serve duas pessoas e vem junto com arroz e salada de tomate com cebola.
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A perfumada feijoada é o carro-chefe do Recanto de Tia
Célia: carnes separadas do feijão, porções de arroz e salada de tomate com
cebola para duas pessoas sai por R$ 30
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As outras especialidades da casa são lombo, sarapatel e
mocotó (os dois últimos só saem sexta e sábado). O segredo para vender 20
quilos do grão por semana? “A gente bota pé, mocotó, patinho... Tudo tratado. É
comida caseira, boa, feita com amor. Aprendemos com nossas mães e avó“, explica
Carina, que assumiu o negócio após a morte da mãe (Tia Célia). De sobremesa,
tem os docinhos de Laiz (o casadinho custa R$ 1,70 e as trufas, R$ 1). A
cerveja sai por R$ 5 e o litro de refrigerante, por R$ 4. Telefones: (71)
3235-5872 e 9931-4422.
Bar da Neinha
O point de camarão mais badalado do momento nasceu quando Iracema da Cruz de Oliveira, vulgo Neinha, perdeu o emprego de caixa de supermercado. Ela começou vendendo caldo de sururu no andar de baixo de sua casa, no bairro de Plataforma. “Tenho o restaurante há dois anos. O que faz mais sucesso é o camarão”, conta a chef autodidata, que comanda de perto 25 pessoas - 15 delas apenas para tratar o marisco. Ele vira moqueca (R$ 60), escondidinho (R$ 40) e sai ao alho e óleo (R$ 40).
O point de camarão mais badalado do momento nasceu quando Iracema da Cruz de Oliveira, vulgo Neinha, perdeu o emprego de caixa de supermercado. Ela começou vendendo caldo de sururu no andar de baixo de sua casa, no bairro de Plataforma. “Tenho o restaurante há dois anos. O que faz mais sucesso é o camarão”, conta a chef autodidata, que comanda de perto 25 pessoas - 15 delas apenas para tratar o marisco. Ele vira moqueca (R$ 60), escondidinho (R$ 40) e sai ao alho e óleo (R$ 40).
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O escondidinho de camarão com purê de aipim, do Bar da
Neinha, em Plataforma: moqueca, peixe e carne de sol também estão no cardápio
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Os pratos vêm com quatro acompanhamentos (pirão, arroz,
feijão, farofa ou salada) e satisfazem quatro pessoas. O litro do refrigerante
custa R$ 4 e a cerveja, R$ 6. De sexta a domingo, chegue cedo, pois as filas
costumam ser grandes. Endereço: Rua Mabaço de baixo, Plataforma. Telefone: (71)
3398-3985. Funcionamento: de terça a domingo, das 10h às 22h.
Entre Folhas e Ervas
Há seis meses, de quarta a sábado, a partir das 19h, o quintal da casa do professor de educação física Ylo Del Rey, na Lapinha, ganha um perfume especial: o de frutos do mar. Seu restaurante, o Entre Folhas e Ervas, tem como prato mais pedido o camarão entre folhas e ervas, no qual o marisco é servido com tempero verde, tomate, cebola, pimentão e frutas. “Asso na pedra de granito com maracujá, laranja e melaço. Depois, misturo com limão, laranja, tangerina ou manga“, conta o cozinheiro autodidata.
Há seis meses, de quarta a sábado, a partir das 19h, o quintal da casa do professor de educação física Ylo Del Rey, na Lapinha, ganha um perfume especial: o de frutos do mar. Seu restaurante, o Entre Folhas e Ervas, tem como prato mais pedido o camarão entre folhas e ervas, no qual o marisco é servido com tempero verde, tomate, cebola, pimentão e frutas. “Asso na pedra de granito com maracujá, laranja e melaço. Depois, misturo com limão, laranja, tangerina ou manga“, conta o cozinheiro autodidata.
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O camarão entre folhas e ervas é o grande sucesso do
Entre Folhas e Ervas, que fica na Lapinha: assado no granito
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O tira-gosto sai por 23 reais e serve duas pessoas. Quem
quiser mais substância deve pedir o peixe à moda da casa, assado na folha de
bananeira (serve 3 pessoas e custa R$ 50). Aceita cartões de crédito e débito e
só funciona para prato principal com reserva feita até as 9h. Telefones: (71)
8816-5376 e 3326-3869.
O galo de Diumbanda
A antiga rodoviária da cidade, que fica na comunidade do Pelacity, nas Sete Portas, ganha vida nova toda quarta-feira, das 18h às 23h. É o dia e hora em que começa o Galo de Diumbanda, evento que mistura gastronomia e pagode. O najé (vaso de barro) cheio de galo cozido, pirão, batata, chuchu, quiabo e abóbora, custa R$ 30 e serve entre 3 e 4 pessoas. “É uma receita caseira, aprendi com minha mãe. Tudo começou com meu pai e os amigos, no bar. No formato atual já tem 8 anos”, conta Diumbanda, que é soldado da Polícia Militar e cantor da banda Bokinha da Garrafa, responsável pelo som. “Mesmo com a má imagem do bairro, nunca houve ocorrência”, frisa o cantor/cozinheiro.
A antiga rodoviária da cidade, que fica na comunidade do Pelacity, nas Sete Portas, ganha vida nova toda quarta-feira, das 18h às 23h. É o dia e hora em que começa o Galo de Diumbanda, evento que mistura gastronomia e pagode. O najé (vaso de barro) cheio de galo cozido, pirão, batata, chuchu, quiabo e abóbora, custa R$ 30 e serve entre 3 e 4 pessoas. “É uma receita caseira, aprendi com minha mãe. Tudo começou com meu pai e os amigos, no bar. No formato atual já tem 8 anos”, conta Diumbanda, que é soldado da Polícia Militar e cantor da banda Bokinha da Garrafa, responsável pelo som. “Mesmo com a má imagem do bairro, nunca houve ocorrência”, frisa o cantor/cozinheiro.
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O galo cozido com verduras e pirão é servido no najé,
nas noites de quarta-feira
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*MAIS OPÇÕES
Confira outras dicas de lugares em que dá para comer bem sem pagar uma conta astronômica:
Ajeum da Diáspora: O restaurante de comida
afro-brasileira funciona na casa de Angélica Moreira, a cozinheira, no Tororó,
apenas aos domingos. O menu com três entradas e prato principal varia e custa
R$ 25 por pessoa. Só aceita dinheiro e fica na Rua Amparo do Tororó, 157.
Funciona de 13h às 16h. Tel: 8843-2230.
Cantinho da Graça: Se dedica a pratos executivos, como
galinha ao molho pardo e quiabada, acompanhados com arroz, farofa, macarrão ou
pirão (R$ 22 e R$ 35, respectivamente, para duas pessoas). Outra boa pedida é o
bacalhau cozido, acompanhado de arroz e pão, também para dois (R$ 50). Fica na
Rua Barão de Loreto, 10, na Graça, só aceita dinheiro e funciona das 10h às 15h
e de 16h às 23h (terça a sábado), de 10h às 22h aos domingos e de 10h às 15h na
segunda-feira. Telefone: 3235-4156.
Health Valley: Com cardápio totalmente vegetariano, o
bufê livre custa R$ 16 por pessoa. Tem feijoada, tofu refogado com legumes,
torta de grão-de-bico e até caruru e vatapá (sem azeite ou camarão). Tudo
gostoso. Suco e sobremesa estão incluídos no preço. Fica na rua Direita da
Piedade, 17, e só aceita débito. Telefone: 3329-2176.
Moqueca de Suzana: Caseira e feita com peixe fresco, a
moqueca de Suzana só sai aos sábados, com feijão, arroz e salada. Para
vegetarianos, há uma versão com soja. Custa R$ 10 por pessoa e o geladinho de
sobremesa é 50 centavos. Basta seguir à esquerda depois do portão do MAM Bahia
(Avenida Contorno) e perguntar pela moqueca de Suzana. Só em dinheiro.
Bar do Nei: O bode assado com farofa ou feijão
tropeiro custa R$ 39,90 e dá para dois. Aceita cartões de débito e de crédito e
fica na rua Mato Grosso, perto da Praça Wilson Lins, na Pituba. Funciona de
quarta a sábado, das 12h às 15h e das 17h às 22h. Telefone: 8837-1693.
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