sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Herdeira da Daslu


Pedindo perdão pelo gracejo digno do CQC, e como diria a novela mexicana "Los ricos tambien lloran"...

Morreu no início desta madrugada, aos 56 anos, a empresária Eliana Piva de Albuquerque Tranchesi, dona da Daslu. Ela estava internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Eliana não resistiu ao câncer contra o qual lutava desde 2006 e que acabou por afastá-la do comando da Daslu, o maior templo do consumo de luxo do país.

Em setembro de 2006, quando revelou que havia retirado um tumor do pulmão e que iniciaria sessões de quimioterapia e radioterapia, ela afirmou que "a crise da Daslu e mais o câncer me fizeram sentir como se eu fosse uma criança deixando abruptamente a Disney. Até então, eu imaginava a vida como uma grande brincadeira (...). A Daslu é a Disney, onde tudo é lindo, as vendedoras são lindas, o cabelo é lindo, a roupa é linda, é tudo bonito. É tudo agradável. Então, de repente, você sai desse mundo da Disney e cai lá dentro do [hospital Albert] Einstein já com um monte de pacientes com câncer".

Prisão

Em 13 de julho de 2005, o Ministério Público, a Receita Federal e a Polícia Federal moveram a Operação Narciso resultando na prisão de Eliana e de seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque. Porém, Eliana foi liberada logo depois de prestar depoimento.
Em abril de 2008, o Ministério Público Federal em Guarulhos pediu a condenação de Tranchesi e mais seis envolvidos no suposto esquema de importações fraudulentas.
Em 26 de março de 2009, a Justiça brasileira condenou a pena máxima de 94,5 anos de prisão dada à empresária Eliana Tranchesi. Os outros seis réus foram condenados. Ambos foram acusados de formação de quadrilha, falsidade ideológica e descaminho tentado e consumado - importar ou exportar mercadoria lícita sem os devidos pagamentos de impostos. A Justiça considerou ainda o grupo "uma quadrilha que cometeu crimes financeiros de forma habitual e recorrente, mesmo após a denúncia do Ministério Público Federal". Na sentença, a juíza Maria Isabel do Prado destacou que houve "ganância" e que Tranchesi "demonstrou ter personalidade integralmente voltada para o crime". Em sua decisão, a juíza mencionou que a "organização criminosa" também deve ser presa por ter "conexões no estrangeiro" e que os acusados praticavam "crimes de forma habitual, como verdadeiro modo de vida, ou seja, são literalmente profissionais do crime".
No mesmo dia, a empresária foi presa pela Polícia Federal em cumprimento a sentença judicial, mas, um dia depois, a defesa conseguiu um habeas corpus e Tranchesi foi libertada.


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