O francês Jean Rouch foi um importante cineasta especializado em documentos antropológicos.
Deixou um legado excepcional para a compreensão das culturas africanas.
Sem pieguice nem agressão, ele retratou a face nem sempre sedutora do continente que deu origem ao Homem.
Atenção: se trata de um filme dificil e, ás vezes, violento.
Os Mestres Loucos aborda a vida nas zonas urbanas africanas, apresentando uma face pouco conhecida da África dos anos cinquenta.
O filme mostra um ritual de possessão, expondo corpos transfigurados pelo transe. A câmera segue o rito, colaborando para a renovação do realismo cinematográfico.
Este filme inovador em múltiplos aspectos refere uma controvérsia não superada ain
da hoje, mais de cinquenta anos após seu lançamento.
Seria este filme uma obra de arte, ou um insulto aos povos africanos? Ao mostrar o rito com ousadia e realismo, feriu as tradições que ditavam maneiras de tratar o 'selvagem' como 'bom selvagem' e compartilhou os anseios estéticos de uma época que se propôs a criar novas formas de relacionar cinema e realidade. Analisando o filme e revisitando textos sobre ele, produzidos na academia ou pela crítica cinematográfica, este artigo discute os termos de uma controvérsia.
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