Querida (...).
Tenho por você mais do que respeito pela competente profissional que você é.
Tenho real carinho. Há quantos anos que a gente se conhece e convive em harmonia?
Portanto não precisava passar pelo Bruno Guinard para me fazer perguntas acerca das duas famosas cartas das jornalistas francesas.
É claro que não vou, por enquanto, dar os nomes. Nesta luta desigual – me sinto um pigmeu frente a um monte de gorilas – preciso preservar alguma munição.
Existe também outro fator que me leva a manter o sigilo: o receio de que alguém tente algum tipo de retaliação contra elas junto à(s) revista(s). O que seria interpretado como absurdo e inútil ato de mesquinhez, afundando ainda mais a reputação bananeira de nossa política estadual de turismo.
Mas seria tão fácil me desmentir:
É só afirmar – e provar - que os 40 jornalistas não estiveram hospedados no Resort Catussaba e aonde.
Que, em maio, o tempo foi idílico (a meteorologia pode confirmar) e que durante a semana nunca choveu. Justificando assim a escolha desta data.
Que não houve nunca qualquer problema de trânsito.
Que foram, sim, ao centro histórico e visitaram... que igrejas, que museus?
Que conheceram terreiros de candomblé.
Que, durante as refeições onde apareceram alguns responsáveis da Secretaria Estadual de Turismo para comer e beber à custa do erário, estes conversaram com os jornalistas. Basta dizer quem falou com quem, quem eram os tradutores, quem eram os guias patenteados.
Afinal é obrigação desta gente dar satisfação pelo trabalho pelo qual estão sendo pagos.
Que a viagem ao Morro de São Paulo foi mantida por que o tempo estava maravilhoso, que a viagem foi curta e prazerosa e que a programação na ilha foi proveitosa.
Que tudo foi feito para mostrar a cidade mais africana do continente americano, longe da pseudo-cidade high-tech comentada.
Tão simples provar que estou sendo de má fé.
Grande abraço
Dimitri
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