UMA BOMBA PARA O TURISMO NA BAHIA

Você já ouviu falar do World Monuments Fund (WMF)?

É uma ONG internacional que faz parte do comitê da Unesco, e é fartamente financiada por um grupo de ricaços que se preocupam na preservação de sítios e monumentos de relevante significado pelo mundo afora.

Contribuíram a salvar Veneza, o Tadj Mahal, templos no Cambodga, Portugal, Ilha de Páscoa, Etiópia, Haiti, Espanha, Peru, França, Nepal etc.

Ao total são mais de 500 sítios em 90 países.

Pois bem...

Uma representante desta poderosa instituição esteve no princípio da semana em Salvador para observar o estado de conservação de nosso centro histórico.

Sua visita coincidiu com a presença de Leo Orellana, da UNESCO, que também veio verificar o andamento de um misterioso plano de recuperação (mais um!) e constatou que o tal projeto estava com um ano e meio de atraso.

Para os raros soteropolitanos que ainda freqüentam o tal bairro aqui está a explicação de tanto agito na limpeza do pedaço e pintura aleatória das fachadas, assim como o súbito sumiço dos pivetes e mendigos.

Mas o perigo ronda nossa capital, pois a tal senhora do WMF cogita seriamente em colocar o centro histórico de Salvador na lista negra da instituição.

O que terá uma repercussão altamente negativa sobre o turismo. O que significa companhias aéreas, hotelaria, restauração, agencias de receptivo e comércio ligado a indústria de turismo.

Isto é o resultado de vinte anos de erros e leviandade na abordagem da problemática do Centro Histórico de Salvador. Podemos colocar no mesmo balaio carlistas e socialistas e levar até o alto mar para ver se Yemanjá aceita o presente ou o rejeita.

O que é o mais provável.