Bradesco cobra caro ao cliente,
mas se recusa a pagar médicos conveniados decentemente e sofre boicote
Desde a última quarta-feira (25), os usuários do plano Bradesco Saúde que precisam realizar consultas ou exames de rotina estão tendo que pagar pelo atendimento. A aposentada Maria do Carmo de Oliveira , de 67 anos, foi pega de surpresa ao tentar ir a uma consulta marcada há cerca de um mês. "Eu estava em Conceição de Feira e adiantei a minha volta para Salvador, pois tinha uma consulta com o cardiologista. Cheguei na clínica e a funcionária me explicou que o meu plano não tava sendo atendido", reclama.
De acordo com o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), a categoria decidiu boicotar o atendimento ao plano Bradesco Saúde após a empresa não aceitar entrar em acordo sobre os valores pagos pelas consultas. "O plano de Saúde Bradesco disse que não tinha o que negociar. Os médicos, em assembleia, tomaram a definição de fazer uma paralisação nos atendimentos eletivos por tempo indeterminado, deixando o atendimento de urgência e emergência garantido a todos os usuários do plano", explica o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães.
Diferença de valores chega a 666%
Segundo o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, há anos os médicos tentam negociar com o Bradesco Saúde um reajuste nos valores pagos, mas o plano se recusa a liberar a correção. "Para se ter ideia, hoje, um raio-X de tórax praticado pelo Bradesco custa R$ 5 ao médico. Uma ultrassonografia custa R$ 15. São procedimentos que estão defasados em relação aos valores dos procedimentos. Se for praticado segundo a Classificação Brasileira de Honorários Médicos, que é o que nós lutamos, esses valores, para um exame de ultrassonografia, chegariam à faixa de R$ 75 a R$ 100. O raio-X de tórax ficaria na faixa de a R$ 20 a R$ 30", explicou. Ainda segundo o Sindimed, os valores não são reajustados há mais de dez anos. "O que tem deixado a categoria irritada é que a defasagem traz uma situação de que quem dá o preço é quem compra o serviço, não há negociação", reclama.
Medidas mais severas
Caso o Bradesco Saúde permaneça sem aceitar negociar os valores pagos por consulta, a categoria pode iniciar um movimento de boicote, encerrando contas correntes, investimentos, seguros e qualquer outro produto do banco. "Já que o grupo Bradesco não respeita os médicos, não há por que fortalecer o banco nas relações comerciais. Estamos incentivando médicos e donos de clínicas a aderirem ao boicote", falou. Segundo o Sindimed, a paralisação já foi comunicada ao Procon, Ministério Público, Ministério Público Federal e à Agência Nacional de Saúde.
Bradesco garante reajuste a cima da média
Através da sua assessoria de imprensa, a Bradesco Saúde informou negou a defasagem e disse reajustar anualmente os valores de consultas e honorário dos médicos, "na maioria das vezes acima dos índices gerais de preços e dos índices de reajuste editados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)".
Ainda segundo nota enviada ao Jornal da Metrópole, a Bradesco Saúde afirmou estar entre as operadoras de saúde com melhor remuneração aos médicos credenciados. O grupo garantiu o ressarcimento das consultas pagas durante o boicote. "Os segurados podem obter reembolso de procedimentos médico-hospitalares realizados fora de sua rede referenciada", garantiu.
De acordo com o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA), a categoria decidiu boicotar o atendimento ao plano Bradesco Saúde após a empresa não aceitar entrar em acordo sobre os valores pagos pelas consultas. "O plano de Saúde Bradesco disse que não tinha o que negociar. Os médicos, em assembleia, tomaram a definição de fazer uma paralisação nos atendimentos eletivos por tempo indeterminado, deixando o atendimento de urgência e emergência garantido a todos os usuários do plano", explica o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães.
Diferença de valores chega a 666%
Segundo o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, há anos os médicos tentam negociar com o Bradesco Saúde um reajuste nos valores pagos, mas o plano se recusa a liberar a correção. "Para se ter ideia, hoje, um raio-X de tórax praticado pelo Bradesco custa R$ 5 ao médico. Uma ultrassonografia custa R$ 15. São procedimentos que estão defasados em relação aos valores dos procedimentos. Se for praticado segundo a Classificação Brasileira de Honorários Médicos, que é o que nós lutamos, esses valores, para um exame de ultrassonografia, chegariam à faixa de R$ 75 a R$ 100. O raio-X de tórax ficaria na faixa de a R$ 20 a R$ 30", explicou. Ainda segundo o Sindimed, os valores não são reajustados há mais de dez anos. "O que tem deixado a categoria irritada é que a defasagem traz uma situação de que quem dá o preço é quem compra o serviço, não há negociação", reclama.
Medidas mais severas
Caso o Bradesco Saúde permaneça sem aceitar negociar os valores pagos por consulta, a categoria pode iniciar um movimento de boicote, encerrando contas correntes, investimentos, seguros e qualquer outro produto do banco. "Já que o grupo Bradesco não respeita os médicos, não há por que fortalecer o banco nas relações comerciais. Estamos incentivando médicos e donos de clínicas a aderirem ao boicote", falou. Segundo o Sindimed, a paralisação já foi comunicada ao Procon, Ministério Público, Ministério Público Federal e à Agência Nacional de Saúde.
Bradesco garante reajuste a cima da média
Através da sua assessoria de imprensa, a Bradesco Saúde informou negou a defasagem e disse reajustar anualmente os valores de consultas e honorário dos médicos, "na maioria das vezes acima dos índices gerais de preços e dos índices de reajuste editados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)".
Ainda segundo nota enviada ao Jornal da Metrópole, a Bradesco Saúde afirmou estar entre as operadoras de saúde com melhor remuneração aos médicos credenciados. O grupo garantiu o ressarcimento das consultas pagas durante o boicote. "Os segurados podem obter reembolso de procedimentos médico-hospitalares realizados fora de sua rede referenciada", garantiu.
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