quinta-feira, 26 de junho de 2014

ANTI-SEMITISMO NA EUROPA

Estudo revela aumento do anti-semitismo na Europa



O anti-semitismo tem aumentado em vários países europeus, segundo revela um estudo divulgado pela organização norte-americana Liga Anti-Difamação dois dias após o ataque à escola judaica que causou quatro mortes em Toulouse. Cerca de 24% da população francesa tem sentimentos anti-semitas, mais do que os 20% registados em 2009.
O estudo, promovido por uma organização cujos objectivos são "parar com a difamação do povo judeu" e "assegurar tratamento justo e igual a todos os cidadãos" não inclui Portugal. Foi feito em Janeiro através de entrevistas telefónicas a cerca de 500 pessoas de cada país, explica a Liga Anti-Difamação.

As conclusões foram divulgadas na terça-feira e uma delas é que cerca de metade dos franceses considera ser “provavelmente verdade” que os judeus sejam mais leais a Israel do que à França. Mais de um terço também concordaram com a afirmação “os judeus ainda falam demasiado sobre o que lhes aconteceu no Holocausto”, sublinhou o Los Angeles Times.

O estudo compara as respostas de Janeiro com as que foram dadas em 2009 e inclui ainda perguntas sobre se os judeus têm demasiado poder no mundo dos negócios e nos mercados financeiros.

O ataque desta segunda-feira a uma escola judaica em Toulouse em que morreram três crianças e um professor acabou por centrar as atenções no caso de França, mas Abraham Foxman, director da Liga Anti-Difamação, disse ao Los Angeles Times que o anti-semitismo “atinge muitos europeus” e que “na Hungria, Espanha e Polónia as atitudes anti-semitas são muito exageradas”.

Em França, 24% das pessoas interrogadas demonstraram ter sentimentos anti-semitas (eram 20% em 2009). E no global das cerca de 5000 pessoas interrogadas em dez países da Europa uma em cada dez (39%) admitiu que a violência contra judeus está relacionada com sentimentos anti-judeus ou anti-Israel.

Em Espanha, 72% dos inquiridos consideraram que os judeus são mais leais a Israel, um aumento significativo face aos 64% registados em 2009.

Na Hungria, 63% dos inquiridos manifestaram posições contra os judeus em pelo menos três das questões que lhes foram colocadas (eram 47% em 2009), e na Polónia 48% das pessoas envolvidas no estudo manifestaram posições contra os judeus.

“Estes aumentos são ainda mais perturbadores à luz do ataque à escola judaica em Toulouse”, adiantou Foxman. Há cerca de meio milhão de judeus a viver em França, a maior comunidade da Europa Ocidental.
COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO                                    Temos que lembrar que a política de Israel na Palestina não faz nada para atrair simpatia do mundo ocidental


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