sábado, 20 de dezembro de 2014

SEJAMOS TODOS SOLIDÁRIOS

AÇÃO URGENTE: Adolescente desapareceu durante operação da Polícia Militar

Rute Silva Santos, mãe de Davi, segura uma camiseta com a foto do filho de 16 anos, desaparecido. | ©Thais Herdy / Amnesty International


Um jovem de 16 anos está desaparecido depois de supostamente ter sido amarrado e levado por policiais militares durante uma operação da PM na cidade de Salvador, Bahia, nordeste do Brasil. A mãe do adolescente tem recebido ameaças desde que foi a público exigir informações sobre o paradeiro de seu filho.
Às 7h30 da manhã do dia 24 de outubro, Davi Fiuza, um adolescente de 16 anos de idade, teria desaparecido no bairro de São Cristóvão, na cidade de Salvador, depois de supostamente ter sido abordado por policiais militares do PETO (Pelotão de Emprego Tático Operacional) e da RONDESP (Rondas Especiais) durante uma operação policial. Ele conversava com uma vizinha quando os policiais o abordaram. Outros vizinhos que presenciaram a cena teriam recebido ordens da polícia para retornarem a suas casas.
A mãe de Davi Fiuza, Rute Silva Santos, contou à Anistia Internacional que policiais militares teriam amarrado os pés e as mãos de seu filho e que o teriam encapuzado. “Depois, jogaram o meu filho dentro do porta-malas de um carro descaracterizado”, disse ela.
Davi Fiuza não é visto desde aquela manhã e o seu paradeiro ainda é desconhecido. Desde então, a família do adolescente tem procurado por ele em delegacias de polícia, hospitais e lugares conhecidos por serem locais de desova de corpos, sem nenhum sucesso. Parentes, amigos e organizações locais têm se mobilizado nas mídias sociais para divulgar o caso e exigir informações. Apesar de depoimentos de testemunhas, a Corregedoria da Polícia Militar alega que não há elementos consistentes que indiquem a participação de policiais militares no desaparecimento de Davi Fiuza.
Depois de denunciar publicamente o desaparecimento de seu filho e começar a se mobilizar para exigir informações sobre seu paradeiro, Rute Silva Santos começou a receber ameaças diretas nas redes sociais e também mensagens em SMS. Uma dessas ameaças mostrava imagens de mulheres estupradas e esfaqueadas junto a uma mensagem que dizia “é assim que a gente faz com mulheres fortes”. Rute Silva Santos tem quatro filhas e agora teme pela segurança delas, bem como pela sua própria.
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Entre em ação
Por favor, envie seus apelos até o dia 13 de janeiro

  • Instando as autoridades a iniciar sem demora uma investigação célere, meticulosa e independente sobre o que aconteceu com Davi Fiuza depois que ele foi apreendido durante uma operação da polícia militar e a trazer os suspeitos de responsabilidade criminal a julgamento;
  • Instando-as a investigar as ameaças feitas contra Rute Silva Santos e a protegê-la, bem como seus parentes, de intimidações como consequência da denúncia;
  • Instando as autoridades a garantir que testemunhas em potencial e pessoas que façam parte da investigação sejam protegidas de quaisquer formas de intimidações ou ameaças.

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