terça-feira, 30 de junho de 2015

COMPLEXO TURISTICO

Rua Chile ganha complexo turístico

Os primeiros sinais de mudanças começam a ser observados


A Rua Chile se renova aos 113 anos
A Rua Chile se renova aos 113 anos
A Rua Chile, a mais tradicional de Salvador, completa 113 anos no próximo dia 25 e nada mais natural que depois de tantas histórias e glamour, ganhe um presente. E ele já chegou na forma de empreendimentos que começam a sair do papel e ganham forma na requalificação de imóveis, como o Palace Hotel e na remodelação urbanística, a cargo da Conder e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (PHAN).
Através do Programa de Aceleramento do  Crescimento para as cidades históricas ( PAC Cidades Históricas), vão ser aplicados R$ 142 milhões na restaurações de 23 monumentos, equipamentos e edifícios históricos. Outros R$ 123 milhões deverão ser aplicados pela Conder  (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia), através do Programa PAC Pavimentação, na requalificação de mais de 200 ruas em 11 bairros que forma a área denominada  Poligonal do Centro Antigo de Salvador.
Além da requalificação das ruas, que ganharão pavimento novo  em asfalto e paralelepípedo, a Conder anuncia também que fará á a mudança da rede elétrica e iluminação pública de trechos da Avenida Sete, Rua Chile e Rua Direita de Santo Antonio Além do Carmo.  Nos 11 bairros serão implantados  calçadas em concreto lavado e detalhes em granito, faixa de serviço em placas de concreto, rampas com acesso para portadores de necessidades especiais, piso podotátil direcional e de alerta e 13 quilômetros de ciclofaixa.
Conforme a nota da Superintendência Regional do IPHAN na Bahia,  a proposta do PAC Cidades Históricas é buscar a recuperação e a revitalização das cidades, a restauração de monumentos protegidos, o desenvolvimento econômico e social e dar suporte às cadeias produtivas locais, com a promoção do patrimônio cultural. 
Os primeiros sinais de mudanças começam a ser observados por quem passa pela Rua Chile, o nde o seu prédio mais emblemático, o antigo palace Hotel, está sendo totalmente requalificado, para abrigar, a partir dopróximo ano, um novo empreendimento hoteleiro de alto luxo. A obra está a cargo da empresa Fera Empreendimentos, com financiamento do Desenbahia.
Na área de 6.131,24 metros quadrados, cujo alvará de obras de número 17159 da Superitendência de Controle e Ordenamento do Solo de Salvador (Sucom) já  foi afixado, surgirá o Hotel Design. A obra é do  empresário mineiro Antonio Mazzafera, dono da Fera Empreendimentos, que além do Palace Hotel, teria comprado também o Empresarial Tesouro e outros 123 imóveis nos arredores da Rua Chile.
Até o momento, a compra e o restauro de imóveis já custaram R$ 150 milhões. O plano prevê ao menos três edifícios, um hotel de luxo, seis restaurantes, uma casa noturna, duas galerias de arte e um estacionamento.
Parte dos imóveis será alugada para empresas. Outra será vendida, caso do residencial de dez apartamentos  com vista para a Baía de Todos os Santos. A cobertura, de R$ 2,5 milhões, já foi vendida.  Alguns imóveis, como o edifício onde funcionava a antiga Loja Duas Américas, tem placa de  “aluga-se”, enquanto outros, como a antiga sede da Federação dos Empregados  do Comércio, um prédio em art decor, e do antigos magazines Adamastor e Casa Sloper, estão fechados.
Se depender do prefeito ACM Neto, todos os projetos que envolvam a requalificação do Centro Histórico, quer sejam feitos pela iniciativa privada ou com investimentos públicos, terão acolhida por parte da Prefeitura. Além de gerar empregos, os projetos urbanísticos darão vida nova ao Cenro Histórico, com ocupação habitacional, atração turística e principalmente de geração de empregos.
Conforme assegurou, além dos projetos já em andamento de requalificação de imóveis na Rua Chile, nos quais se inclui o Palace Hotel, outros empereendimentros deverão aportar no Centro Histórico de Salvador, como resultado da sanção da outorga onerosa, que funcionará como atrativo para os empresários interessados em investir no setor. “Isso garante a geração não só de empregos durante as obras, mas de empregos permanentes, agregando investimentos e mais empregos em outros setores da economia”, disse.
Antevendo possíveis críticas, o prefeito ACM Neto garantiu que a Prefeitura não permitirá que quaisquer obras venham a descaracterizar o patrimîonio arquitetônico do Centro Histórico. “Os projetos virão, serão autorizados, mas sempre dentro de uma proposta de revitalização do centro antigo, mas sem quaisquer  mudanças que venham a alterar os parâmetros de tombamento dos imóveis”, garantiu.
Igual posicionamento adotou o IPAH, que em nota da Superitendência Regional na Bahia, disse que  não tem qualquer parceria na aquisição de imóveis na Rua Chile, no coração do Centro Histórico de Salvador, e que estas são objeto de negociação entre  setores privados. “Trata-se de uma área tradicionalmente comercial cujo uso teve função central na região. É papel do IPHAN a fiscalização e a análise de intervenções neste acervo protegido”, diz a nota do órgão.
113 anos
O apogeu da elegância da sociedade soteropolitana durou até meados da década de 70 do século passado, mas na própria história de Salvador nomes como O Adamastor, Casa  Sloper e Duas Américas são sinônimos de um glamour que se não será revivido, pelo menos será restaurado nas propostas de revitalização dos imóveis, que ganharão funções novas e terão papel importante em todo o processo de ocupação e atração turística do local.
Por estar próxima aos dos poderes públicos e religioso do início do século XX– Câmara dos Vereadores, sede da Prefeitura e Sede do Governo do Estado (Palácio Rio Branco) e Arquidiocese , a Rua Chile era passagem obrigatória de políticos e pessoas influentes da sociedade baiana, que costumava promover calorosos debates em público e, ao mesmo tempo, desfilar as tendências da moda, em lojas de griffe e cafés da época.
Em 1902, através do decreto Municipal da Câmara dos Vereadores, de, a antiga Rua Direita do Palácio passou a ser chamada de Rua Chile. A mudança de nome se deveu às homenagens lideradas por estudantes da Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus, e do Governo da Bahia á visita de uma esquadra que visitava o Porto de Salvador.
A marinha chilena, à época, era considerada a terceira força mais poderosa do mundo e havia interesses dos governantes brasileiros homenageá-la, mobilizando a população para a recepção aos marinheiros que visitavam a cidade pela primeira vez.
Centro da cidade e patrimônio
Centro Histórico de Salvador - é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1984, e reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio da Humanidade, em 1985. Com 0,8 km², a delimitação do Centro Histórico inicia próximo ao Mosteiro de São Bento e segue até o Forte Santo Antônio Além do Carmo.
Centro Antigo de Salvador - é uma área de 7 km², que inclui em sua extensão territorial onze bairros da capital baiana como Centro, Barris, Tororó, Nazaré, Saúde, Barbalho, Macaúbas, parte do espigão da Liberdade, Santo Antônio e Comércio, além do Centro Histórico. De com acordo com a legislação, esta área de Salvador corresponde à área contígua à de proteção rigorosa, sob o registro da Lei Municipal n° 3.289/83.

GRAFFITI DA TERCEIRA IDADE



Projeto em Portugal ensina a idosos a arte do graffiti. Veja o resultado!

28 maio de 2015

(Imagens: Divulgação Lata 65)

É comum ouvirmos o comentário “imagina isso nas mãos de uma criança”, mas e se aplicássemos a máxima a idosos? Do que seu avô ou avó seriam capazes com uma lata de tinta e aulas de graffiti?
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A Organização sem fins lucrativos Lata 65 está sediada em Lisboa e, desde 2012, já apresentou a arte “transgressora” do graffiti a mais de cem idosos.  No projeto, são realizados workshops (segundo a organização, já foram sete) ministrado por alguns dos melhores artistas urbanos da atualidade.
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Dentre os objetivos dos workshops está aproximar os “menos jovens” a uma forma de expressão habitualmente associada aos mais novos e demonstrar que a arte urbana tem o poder de fomentar, promover e valorizar a democratização do acesso à arte contemporânea, pela simplicidade e naturalidade com que atinge as mais variadas faixas etárias.
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Em entrevista exclusiva à Conexão Lusófona, Lara Seixo Rodrigues, uma das fundadoras e coordenadora do projeto, contou como é o perfil de participantes e destacou a história que mais a marcou nestes três anos de ação.
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Segundo a coordenadora, cerca de 90% dos participantes são mulheres. Deste grupo, ela destaca Luísa Cortesão, uma médica de 65 anos que participou do primeiro grupo, em 2012, e “nunca mais parou de pintar na rua”. Nas palavras de Lara:
– Ela não tinha qualquer formação artística, hoje ajuda a dar formação nos encontros, recebe convites de outros artistas, faz os próprios moldes de stencil e já foi até apanhada pela polícia enquanto grafitava! Os policiais ficaram sem reação quando se notaram que se tratava de uma senhora a pintar…
Prova do talento desta senhora é a sua página no facebook, onde ela registra todas as obras e participações em murais. Pelas suas mãos, figuras fantasiosas como fadas e bruxinhas ganham os muros da cidade.
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Para os próximos meses, o projeto toma a estrada em mais quatro workshops:
– Neste verão estaremos numas aldeias de Castelo Branco nos dias 19 a 21 de junho, no Festival das Aldeias Artísticas. Em julho, de 22 a 28, iremos estar em três aldeias de Montemor o Velho, uma acção das juntas de freguesia de Verride, Abrunheira e Reveles – destacou Lara.
LATA 65 é uma iniciativa para idosos no âmbito da arte urbana, na sua gênese desenvolvida pelo Coworklisboa em parceria com o Wool – Festival de Arte Urbana da Covilhã.

CRISTÃOS-NOVOS



 Caros Amigos

Anexo segue um convite para subscrever o livro, de minha autoria:
Cristãos-Novos em São Paulo (séculos XVI-XIX): a origem judaica dos paulistas

Finalmente apresento, ao público em geral, a dissertação de mestrado que apresentei em 2006, à Universidade de São Paulo, exatamente sobre cristãos-novos em São Paulo.
A perseguição não impediu sua inserção na sociedade paulista da época, processo também analisado na obra: os cristãos-novos não apenas se tornaram troncos de famílias quatrocentonas como, mais tarde, ascenderam socialmente e atingiram a nobilitação.
De lá para cá foram realizadas novas pesquisas, em especial na Torre do Tombo, em Portugal, e muitas hipóteses foram alteradas.
Caso deseje subscrever esta publicação, poderá fazê-lo até o dia 10 de setembro, ao preço especial de R$ 45,00,que inclui despesas de correio para todo o território brasileiro.
No livro será incluída a lista dos subscritores, cujos exemplares serão numerados e assinados pelo Autor.
Poderá efetuar o pagamento através de depósito bancário, como segue:
  • Banco do Brasil (n. 001); Agência: 3561-0; Conta-corrente n. 22.058-2.
  • Valor: R$ 45,00, em nome de Marcelo Meira Amaral Bogaciovas, CPF: 762.515.198-00.
  • Deverá enviar cópia do depósito, com endereço completo do adquirente, para mamaral@usp.br

A sessão de lançamento ocorrerá no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, no dia 7 de novembro de 2015, durante o Simpósio sobre a documentação do Tribunal do Santo Ofício: Apoio para a pesquisa genealógica e atribuição de cidadania portuguesa aos descendentes de cristãos-novos. Estão todos convidados.

Agradeço se divulgarem esta circular para possíveis interessados.

Com os melhores cumprimentos,

Marcelo Meira Amaral Bogaciovas

PAPAI PODE!...

Apoiadora Do MST, Luciana Genro Tem Uma De Suas Fazendas Invadida Por Sem-Terras


PORTO ALEGRE – A engajada militante anticapitalista e antilatifúndio, Luciana Genro, foi surpreendida na manhã de hoje ao chegar em sua fazenda na zona rual de Porto Alegre.
Objetivando descansar por alguns dias, pois, segundo a própria, “estava já com as mãos calejadas de tanto trabalhar”, a ex-candidata à presidência da República se deparou com sua fazenda repleta de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, que festejavam ao redor da confortável residência localizada na propriedade.
“Quando ia chegando pela estrada, vi ao longe uma bandeira do MST hasteada e pensei: ‘Tá de boa’, pois sempre deixo uma bandeira do movimento hasteada em minhas propriedades como manifestação de apoio à causa”, disse a filha de Tarso.
“Mas quando entrei pela porteira, vi várias pessoas na piscina, outros estavam desossando um boi para fazer churrasco, e só aí me dei conta de que havia algo errado”, lamenta.
Luciana declarou que, ao se aproximar, já foi de imediato abordada por lideranças do MST, que a informaram que a fazenda estava sendo invadida “para efeitos de reforma agrária.”
“O que não esperávamos”, declarou um dos líderes da invasão, “foi a reação dela, que sempre nos apoiou, e agora ameaçou chamar a polícia para nos retirar”.
Luciana esclareceu à nossa reportagem que “apesar de defender a reforma agrária, não esperava ter uma de minhas fazendas invadidas pelos companheiros do MST, que deviam ter o mínimo de consideração por quem é aliado de sua causa”.
Questionada se sua reação não era contraditória com aquilo que afirma defender, Luciana disse que nãom, pois “o socialismo não significa que ninguém pode ter uma fazenda, mas sim, que TODOS podem ter uma fazenda”, explicou.
O impasse só foi resolvido após a chegado do pai de Luciana ao local, que convenceu a filha a abrir mão da fazenda.
“Vou dar outra para ela”, informou Tarso Genro, que é filiado ao Partido dos Trabalhadores.
Luciana, ainda meio contrariada, concordou com seu pai e findou aceitando o convite das lideranças da invasão para comer um churrasquinho e participar de uma “mística” sucedida de uma roda de debates sobre reforma agrária.

PAIXÃO NO FUTEBOL

SHOPPING BARRA ROUBANDO!





Gente, aconteceu comigo, agorinha no Shopping Barra. Se vocês são contra essa cobrança de estacionamento, compartilhem.

 Para mim, hoje está aprovado, querem é meter a mão no dinheiro do povo. 

Estava eu hoje no Shopping Barra, acabei meus afazeres e fui validar meu ticket e ir embora, ciente de que não tinha ultrapassado os 30 min de tolerância.

 Ao passar pelo guichê, a surpresa.

 Mesmo ficando 29min, conforme a foto em anexo, cobraram-me R$ 6.

 Questionei a cobrança do estacionamento e a resposta que obtive foi "deve ser algum erro no sistema". Daí me dirigi ao supervisor, no G2, e lá ele novamente disse que era um erro do sistema, que a cancela deve ter registrado horário errado e eu deveria pagar.

 Questionei novamente como os dois sistemas estaria com horário errado, tanto da cancela, como no computador do guichê. 

Para minha surpresa veio a melhor resposta do mundo "amigo, é coisa de 01 minuto". 

Ou seja meus amigos, se você fica 29min você paga, por que segundo eles, é só 01 minuto.

 Queria ver se eu ficasse 31min e pedisse pra não pagar, se eles deixariam. 

Vamos em frente né? 

Isso é Brasil.

 Gostaria de saber o que o Shopping Barra e a Prefeitura de Salvador tem a me dizer sobre isso.


O CENTRO ANTIGO SANGRA!

Não vamos aceitar ver 
o povo negro
expulso de novo

Salvador, 2 de julho de 2015


Neste 2 de julho, data em que se comemora a independência da Bahia, vamos às ruas mais uma vez, dando continuidade à tradição de luta e resistência popular do Centro Antigo de Salvador. Não aceitaremos as ações de expulsão, violência e racismo contra as populações que mantêm o centro como um território vivo e que garantem sua diversidade social e cultural.

Denunciamos o processo veloz de gentrificação no Centro Antigo, com a articulação perversa entre os poderes públicos e os interesses do setor imobiliário. Os atores chave deste processo são o IPHAN, na esfera federal; DIRCAS/CONDER e IPAC, na esfera estadu
al e SUCOM e SINDEC, na esfera municipal; empresas privadas como o grupo Odebrechet, Axxo Construções, Prima Empreendimentos, Construtora Massafera e Bahia Marina; e empreendimentos como o Cloc Marina Residence e Hotel Txai. São intervenções de alto impacto, definidas sem consulta à população, à revelia dos conselhos e das comunidades diretamente afetadas. São exemplos disso os decretos para fins de desapropriação lançados pela prefeitura e pelo governo do estado, que atingem profundamente essa região da cidade, sem explicações à sociedade sobre o destino dos imóveis e terrenos.

Em maio deste ano, esse processo de gentrificação racista e violento avançou mais alguns passos, o que ficou evidenciado na forma como a prefeitura e o IPHAN trataram a população, agindo de maneira oportunista, aproveitando o período de chuvas em Salvador, para “limpar a área”, após décadas de abandono e degradação do patrimônio histórico. Além de mortes por desabamento, assistimos com grande indignação, tentativas de intimidação e expulsão de pessoas que moram e trabalham há décadas em vários pontos do Centro Antigo, e a demolição de 31 imóveis, sem a apresentação de laudos técnicos.

Temos feito essas denúncias em diversas ocasiões, assim como temos tentado abrir canais de diálogo com os poderes públicos, sem qualquer resposta.
Diante destas e tantas outras violações do Direito à Cidade, reivindicamos:
Com relação ao Centro Antigo:

1. Participação efetiva das comunidades do Centro Antigo na execução e revisão do Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador;

2. Elaboração de um plano participativo para salvaguarda do patrimônio imaterial e material, que deverá contar com a participação de diversos segmentos sociais e que deverá garantir e priorizar a participação popular daqueles que moram, trabalham, usam e ocupam o Centro Antigo de Salvador; 

3. Criação de linha de financiamento e subsídio de projeto de recuperação de imóveis históricos para a garantia da permanência da população pobre e negra no Centro Antigo, de modo a romper com a expulsão e segregação espacial e racial na cidade de Salvador;

4. Apresentação, pela prefeitura e pelo IPHAN, dos laudos que subsidiaram as 31 demolições no Centro Antigo e dos laudos dos imóveis que receberam notificações para desocupação imediata pelos seus moradores por risco de desabamento, a exemplo da Ladeira da Preguiça e Ladeira da Montanha;

5. Revogação dos decretos estaduais nº 14.865, nº 14.866, nº 14.867 e nº 14.868 de 11/12/13, e do decreto municipal nº 24.435 de 07/11/2013, que declaram imóveis de utilidade pública para fins de desapropriação no Centro Antigo de Salvador, que devem ser antecedidos por discussão prévia dos projetos para as áreas, 
garantindo a participação da população e a transparência das informações;
6. Suspensão da estruturação do Fundo de Investimento Imobiliário para o Centro Antigo de Salvador, em curso pelo governo do estado (voltado para o mercado de alto poder aquisitivo), para que este seja amplamente discutido com a população e para que seja incorporada a grande demanda por habitação de interesse social;

7. Realização de amplo debate e divulgação de informações e estudos sobre o Fundo de Investimento Imobiliário, os decretos com fins de desapropriação acima citados e os Projetos do PAC Cidades Históricas;

8. Ampliação de recursos do Programa Minha Casa Minha Vida para as modalidades de reforma e compra de imóveis usados e em áreas urbanas centrais;

9. Assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre os artífices dos Arcos da Ladeira da Conceição da Praia, o IPHAN e a prefeitura de Salvador para adequação do projeto às necessidades dos atuais ocupantes, garantia de sua permanência e participação no processo de elaboração e implementação do projeto.

10. Assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a Chácara Santo Antônio e a CONDER e delimitação da área de ocupação dos guardiões na encosta da Chácara;

11. Garantia da regularização fundiária de comunidades como Gamboa de Baixo e Solar do Unhão, com permanência das famílias nas próprias comunidades, incluindo as famílias ameaçadas de expulsão na reforma do Forte São Paulo, em ação liderada pelo IPHAN; 

12. Divulgação dos estudos de viabilidade para projetos de qualificação urbanística no Centro Antigo no âmbito da Manifestação de Interesse da Iniciativa Privada –MIP, proposta pela Odebrecht Properties e Construtora Norberto Odebrecht à prefeitura de Salvador;

13. Suspensão de projetos no Centro Antigo que violam normas ambientais vigentes, a exemplo do projeto de ampliação da Bahia Marina e do Cloc Marina Residence, que teve alterações irregulares autorizadas pelo IPHAN Bahia;





14. Discussão do projeto de Implantação de Plano Inclinado entre a Praça Castro Alves e a Conceição da Praia com os moradores da Preguiça e entorno, de modo a evitar expulsões e reduzir ao máximo seus impactos negativos na localidade;

15. Discussão dos termos e do projeto de construção de passarela para a implantação de ligação entre o MAM/BA e o Forte da Gamboa com as comunidades da Gamboa de Baixo e do Solar do Unhão.

16. Reunião com a participação do Ministério da Cultura, do IPHAN Nacional, da Superintendência do IPHAN na Bahia e dos movimentos que assinam este manifesto, considerando os impactos do modelo de gestão elitista relacionado ao patrimônio histórico.


Com relação à cidade de Salvador e ao estado da Bahia:

17. Garantia do direito à participação popular efetiva e gestão democrática na formulação e controle das políticas públicas urbanas, especialmente no processo, em curso, de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador, conforme previsto pelo Estatuto da Cidade;

18. Garantia do direito à informação e à transparência para acessar informações de planos, estudos e projetos relacionados a intervenções urbanas;

19. Retomada imediata da mesa de negociação permanente com o MSTB, existente desde maio de 2008, garantindo a presença dos órgãos públicos responsáveis nas várias esferas – CONDER, SEMA, SEDES, IPAC, DIRCAS, PREFEITURA, IPHAN, SERIN etc. – com ampliação para os movimentos que assinam essa pauta de reivindicações, conforme demanda ao governador do estado, protocolada no dia 18.03.2015;

20. Destinação dos casarões vazios no Centro Antigo para unidades de moradia popular;

21. Realização de amplo debate público sobre a identificação, destinação e uso de terras públicas e imóveis vazios e subutilizados a fim de cumprirem a função social da propriedade, com uso prioritário para habitação de interesse social;

22. Revogação da Lei Municipal 8.655/2014, que autoriza a venda de 59 imóveis públicos municipais – ou seja, patrimônio do povo de Salvador – e realização de debate participativo com a população sobre a destinação e uso de imóveis públicos;

23. Criação, com participação popular, de regulamentação específica, nos níveis estadual e municipal, do benefício do aluguel social, definindo critérios, valores, data de pagamento e reajuste periódico do beneficio;

24. Recomposição do FUNDURBS – Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano de Salvador, com todas as verbas originalmente previstas na lei municipal 7400/2008 (PDDU)

25. Previsão do FUNDURBS no novo PDDU de Salvador, com a gestão de um Conselho da Cidade deliberativo, e vinculação de 30% para habitações de interesse social;

26. Adequação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU e da Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo de Salvador – LOUOS aos critérios do Estatuto da Cidade;

27. Desmilitarização da polícia e de milícias de todos os tipos, e fim dos autos de resistência, colocando fim ao genocídio da juventude negra;

28. Garantia de transporte público digno (sem custo, sem espera, sem superlotação), compreendendo o transporte como direito e não como mercadoria;

29. Divulgação de dados precisos referentes aos custos do sistema de transporte e transparência nas licitações;

30. Democratização da mídia, compreendendo a comunicação como direito.

Em defesa do Centro Antigo e seu povo!
Em defesa do Direito à Cidade!

MSTB - Movimento Sem Teto da Bahia •• Associação Amigos de Gegê dos Moradores da Gamboa de Baixo•• MNB2J – Movimento Nosso Bairro É 2 de Julho •• AMACHA – Associação de Amigos e Moradores da Chácara Santo Antônio •• Artífices da Ladeira da Conceição da Praia
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MEIOS E FINS


Jânio de
Freitas
   
 Mais um esmero indicativo do estilo e de propósitos inexplícitos da Lava Jato: a
 divulgação da populosa lista de acusados pelo superdelator  Ricardo Pessoa deu-se precisamente no dia, a sexta passada,  em que a presidente da República viajava para o encontro com o presidente dos Estados Unidos.
 Também prevista a presença, em sua comitiva, de ministros  citados pelo empreiteiro.
   
 As citações não foram expelidas por Ricardo Pessoa nas vésperas da divulgação.
 Saíram em interrogatórios numerosos e que vêm de longe, como provam já antigas acusações, divulgações e insinuações. Assim se evidenciaram tanto a reunião de
  citações que avolumaram, quanto a lista e o propósito de uma divulgação determinada, o que não foi feito com qualquer dos super delatores precedentes.
   
 Mesmo que houvesse algum exótico motivo para a edição das obras completas de
 Ricardo Pessoa, não houve sinal algum da necessidade de que isso, apesar do infeliz acaso, coincidisse com a visita oficial de Dilma aos Estados Unidos. Os efeitos
  políticos internos seriam pouco diferentes se protelada a
 divulgação por uns poucos dias, mas os efeitos externos e, em particular, nos Estados Unidos, não - como sabe todo procurador da República e todo juiz.
   
 Bem, não é novidade que a Lava Jato tem peculiaridades. Outra delas, também
 reiterada nestes dias: a contradição entre a torrente de vazamentos e a permanente ausência da informação essencial em cada jato.
   
 A recente prisão de Marcelo Odebrecht contém uma interrogação que vem intacta
 desde o primeiro momento. A prisão deveu-se, para explicação pública, à necessidade de evitar possível fuga do presidente da Odebrecht e, a seu mando, a
 destruição  de provas e pressões sobre terceiros ou vigésimos. Mas a
 explicação precisava ser outra: nos já 15 meses de duração da Lava Jato, o que não faltou a Marcelo Odebrecht foi tempo para destruir provas e meios para fugir
 - por que só faria agora? A súbita preocupação  que acometeu a Lava Jato não explica sua despreocupação de 15 meses. Nem a explicação atual no caso Odebrecht
 responde ao essencial.



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 Há mais do que o dito e o não dito em torno da Odebrecht. Parece mesmo que o simples nome Odebrecht já causa reações especiais. A ponto de uma
 publicidade explicativa da empresa, como fizeram outras empreiteiras, receber resposta especial  e escrita do juiz da Lava Jato, honra negada às demais.
   
 


Resposta que mereceu comentários respeitáveis e elegantes da advogada da
 empresa, Dora Cavalcanti, com a compreensível estranheza de que o juiz Sergio Moro chegasse a considerar que o ideal seria a interrupção de todos os contratos e atividades  da Odebrecht. O que, lembrou Dora Cavalcanti, além de não permitido por lei, lhe sugere ser talvez necessário, com apoio em princípios dos direitos humanos, recorrer à Corte Internacional.
   
 Daí uma nota dos procuradores em que atribuem à advogada a sugestão de que
 a polícia, o Ministério Público, até o Supremo Tribunal Federal estejam “mancomunados para violar direitos humanos”, sugestão que seria um sinal de
 desespero.
   
 Suponho não ser anormal o desespero de um advogado de defesa. Mas, no caso, não é a advogada que o demonstra. A atribuição que lhe foi feita é excessivamente exorbitante e maldosa. Das tais que a Lava Jato não tem o direito legal e ético
  de fazer: é tempo de entender que os seus poderes não são absolutos.
   
   

BERÊ, BERÊ, BARÁ, BARÁ

SÉRGIO SOBREIRA


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Diante de tanto quiquiqui e cacacá por causa do quiproquó sertanejo, boto sal no peba afirmando sem medo de pedradas: no geral, a música sertaneja recente é uma porcaria, uma chatice, uma pobreza melódica de dar abuso ao som do primeiro trinado, com sua narrativas bobas e frívolas, românticas ou eróticas, vocalizadas por duplas ou solistas de calças justas e vozes quase sempre esganiçadas, edulcoradas por um duvidoso sex appeal (que tesão há em berê berê bará bará?).
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Seu sucesso reflete o poder do consórcio entre mercado musical e comunicação de massa, hábil em projetar e refletir os gostos de uma multidão de brasileiros que, sem acesso a informação e sem formação mais elaborada, se contenta e se identifica ardorosamente com o ídolo da vez, consumidos por avidez num mundo onde divertir é mais que suficiente.


A precária educação, a irrelevância das artes e da cultura, o peso e a concentração da comunicação de massa, são alguns dos fatores que estão na base do complicado contexto da produção cultural, no qual se destaca o avassalador e emburrecedor predomínio dos sentidos do entretenimento sobre as subjetividades.


Enquanto isso, nas franjas, nas bordas, nos grotões seguem tantos talentos, do erudito ao tradicional popular, criando e produzindo muitas coisas boas que seguirão longe dos holofotes e inacessíveis ao contato, quanto mais ao consumo. 


Nossa conjuntura em nada favorece a formação de repertório por parte do povo. 

Mas o que esperar de um povo que se entusiasma com a gritaria dos "cantores" no quadro "Iluminados" no Domingão do Faustão??????
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