Governo federal e governos não deveriam ter omitido ou mentido. Deveriam ter dito e debatido onde deveria haver, ou não, dinheiro público.
Já as oposições, as formais e a informal, não deveriam ter mentido e induzido.
Alardearam que a Copa seria um desastre, jogaram o país na defesa, numa crise de baixo astral e baixa estima.
Nada funcionaria: caos aéreo, urbano, e vergonha perante o mundo. "Imagina na Copa!".
A vergonha sobrou pra quem deu mostras de desconhecer o país onde vive e o povo que nesse país habita.
Ao aqui desembarcar a mídia estrangeira entendeu logo, e muito melhor, quem e como é o povo brasileiro.
Sem olhar ingênuo, sem patriotadas. Sem deixar de relatar disparidades, injustiça social, truculência fascistóide das polícias, estados, e o desperdício de dinheiro publico.
Sem deixar de anotar e mostrar que governo e oposição se irmanaram na farra dos estádios.
Na Copa espetacular, saudada mundo afora, o vexame se viu dentro de campo; com os 7 a 1, a maior das derrotas da história do futebol brasileiro.
Com a derrota, o festival de cinismo e hipocrisia habituais.
A encenação dos que usam e abusam do futebol e da seleção como alavanca para seus negócios. Fazem no futebol como fazem diante da Política.
Mandam e desmandam. Fazem e desfazem técnicos e ídolos, transformam em Big Brother a privacidade da seleção e dos jogadores. Tudo em nome do faturamento.
Agora se dizem chocados. Trocam o oba-oba que embala os negócios pela caça aos "culpados" de ocasião. Cobram uma "renovação" para...manter tudo como está.
Rapidamente jogam aos leões os parceiros de até ontem enquanto evitam enfrentar, escondem os problemas decisivos, concretos. Que dizem respeito também a eles e seus interesses.
A Itália perdeu e renunciaram todos, desde o comando da federação. A Alemanha começou sua mudança há anos com expurgos no ambiente infiltrado pela corrupção.
Se o futebol brasileiro quer mudar, evitar novos vexames, deve se livrar dos que o usam para seus negócios privados.
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