quarta-feira, 17 de julho de 2013

E AS EMPRESAS DE ÓNIBUS CONTINUAM MUDAS

Muito interessante artigo do competente jornalista Geraldo Vilalva, que pode contribuir a esclarecer festas sultanescas, como o recém casamento de Dona Barata no Copacabana Palace
Os empresários do setor até hoje não se pronunciaram sobre o clamor da multidão
POR GERALDO VILALVA

Manifestações vão e veem ao sabor da consciência de cada um dos seus participantes. Exigem não só preços razoáveis nas tarifas públicas, melhoria na prestação de serviços e, inerente a tudo isto, o fim da corrupção em gênero, número e grau nas administrações e por parte dos políticos.
A população, que elegeu vereadores para representá-la e defender seus direitos, nada sabe do que se passa nos corredores apertados e gabinetes inacessíveis da Câmara Municipal,ocupados regiamente pelos que lá foram colocados por meio dos votos do sofrido e abandonado eleitor, sempre desassistido.

Os salários deles e dos assessores são magnânimos e a ninguém é dada conhecer esta verdade. Anualmente, em meio a notícias na imprensa,movimentos sindicais dos empregados,intervenções do MPT, MPE, SRTE e outras siglas pagas pera defender o povo,surgem discussões em tornodo reajuste periódico das tarifas.
Discursos vazios no plenário Cosme de Farias desaparecem, como por encanto, destruídos pelo lobby dos empresários que controlam - e controlam, sempre impolutos - o segmento do transporte urbano de passageiros.São os mesmos e de iguais famílias desde quando comecei minha vida no jornalismo em1963, no então valoroso Jornal da Bahia. Ao sabor dos acontecimentos mudam os nomes das empresas, dividem as áreas e continuam a exercer o poder de ganhar milhões em cima dos pobres.
Apresentam complicadas planilhas que somente seus assessores conhecem e que passam incólumes entre os vereadores soteropolitanos, despreparados e pouco interessados em se aprofundar nos números,na realidade, reconheço, difíceis de serem entendidos por quem é leigo no assunto.Os reajustes saem ditados como eles querem, deslizando pelos umbrais da Câmara e da Prefeitura, corroendo ano a ano o curto dinheirinho do povão que sua e é amassado dentro dos ônibus e que passa horas em pé nos abandonados pontos de ônibus, mercê à fúria dos assaltantes.
Toda esta grita do povo nas ruas, se bem analisada pelo prefeito ACM Neto e alguns vereadores dotados de discernimento e seriedade (sim, eles existem), pode servir para, de uma vez por todas, desnudar os subterrâneos destes conluios e conchavos.
PERGUNTA O BAHIA NEGÓCIOS:
1- Quanto a Prefeitura paga mensalmente às empresas de ônibus em forma de subsídios?
2- O que é isto, como funciona e de que forma é calculado?
3- Por que há anos a caixa preta das empresas não é aberta durante as discussões em torno dos reajustes das passagens?
4- Por que a Justiça bloqueia eternamente a licitação pública nos transportes urbanos de Salvador?
5- Por que em todo este noticiário não surge na imprensa uma só menção ao poderoso SETPS - Sindicato das Empresas de Transportes Geral?
6- Por que o SETPS não é chamado pelas autoridades públicas a se pronunciar diante dos fatos?
7- Por que a Justiça não retira a venda e se une ao clamor  das ruas, à grita dos abandonados?
AINDA HÁ TEMPO prefeito, vereadores e magistrados – de exercerem suas funções e receber o aplauso do tempo em que vivemos. Senão, será tarde demais para chorar lágrimas sem efeito e sofrer a punição nas urnas e o execramento público num futuro não tão distante.

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