Pedindo
perdão pela minha insistência, mais uma vez volto ao esdrúxulo projeto de arena
na Praça Castro Alves. A medida que vou observando os dois únicos documentos,
fotos extraídas do facebook, mais absurdos aparecem.
As pedras
portuguesas, que viraram inimigo público desde a gestão de João Henrique – e haja
herança maldita! – aqui também sumiram. Foram substituídas por placas de mármore
ou granito, iguais ao triste revestimento da Praça da Sé.
A nova
horizontalidade da praça deverá empurrar as águas de chuva até o túnel que inicia
a ladeira da Montanha. Imagino a enxurrada que carros e ônibus, vindo do
Comércio, enfrentarão.
Supõe-se que a entrada e saída do estacionamento subterrâneo
sejam dentro do túnel. Muito prático!
A velha e
charmosa balaustrada arrendada de cimento cedeu o lugar a um paredão, ele
também de mármore que obstrui a vista e retêm o calor.
Em contrapartida, não
consegui encontrar os espaçosos sanitários indispensáveis para um público de 5
mil pessoas.
Quanto a
escadaria que liga a Praça Castro Alves a Avenida Contorno, nunca foi usada
pois se trata de uma verdadeira armadilha para marginais.
Algo mudaria, de repente,
no comportamento destes rapazes? Duvido. Ou alguém conta com a segurança pública?!
Tão pouco
vejo o mínimo tratamento paisagístico. Qual é a razão para eliminar o verde de qualquer projeto de urbanismo?
Salvador
precisa, e muito, de árvores, de flores, de passarinhos e borboletas! Ou estou falando besteira?
É
evidente que se trata de um projeto feito nas coxas, sem conceito amadurecido,
sem reflexão sobre sua oportunidade.
Investir neste
momento 25 milhões de reais, sabendo perfeitamente que a conta final deverá
subir até os 30 ou mais mi, é curtir com a cara do contribuinte.
É oportunismo
deslavado.
Ou pior:
deve haver uma necessidade de amealhar alguns tostões para as próximas eleições.
Afinal o PT sabe que só vencerá as eleições se tiver uma caixa 2 bem polpuda...
Ou algo, finalmente, mudou no reinado da Dinamarca?
Dimitri, como se não bastasse todas as suas observações sobre o danoso projeto, percebemos a transformação radial, o enfeiamento do perfil da cidade, do frontispicio da cidade, que se mantém quase o mesmo desde o século XVIII e XIX e com a diferenciação nítida entre cidade baixa e cidade alta. Gostaria de saber por que o IPAC, o IPHAN, O Conselho de Cultura, o IAB entre outros nada dizem sobre esse projeto. Corre na INTERNET que o projeto já foi apresentado e discutido em audiências públicas e que haverá mais uma para a decisão final. Que audiências públicas são essas que não são amplamente divulgadas. Eu só tomei conhecimento dessa anomalia pelo facebook.
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