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sábado, 3 de janeiro de 2015

PROVIDÊNCIA E PROVIDENCE

TRECHOS DA POLÊMICA DO MOMENTO

Fique à vontade, Claudio. Quis me referir à venda da Vale, por um preço que não contabilizou as reservas de minério de ferro etc., mas é importante deixar claro que não admitimos a venda da Petrobrás. Obrigada pelas correções.
De fato, a privatização da Petrobrás é um justo receio, diante do ânimo coletivo por Justiça. Afinal, ainda vigora o Programa Nacional de Desestatização...
A Vale segue fazendo estragos, ao nosso país, na ordem de um milhão de toneladas diárias de rocha revolvidas na Serra dos Carajás, praticamente isenta de impostos na exportação do minério de ferro, graças à lei Kandir.
Ainda assim, temos muito a louvar no Brasil. Temos um SUS revolucionário (com todas as dificuldades que enfrenta), uma Constituição Federal belíssima, conquistas recentes no Controle Social e na Transparência e um povo que luta por Participação Social.
Vamos em frente, com nossas campanhas, ações e discussões, antes que a direita resolva endireitar o Brasil.
Abraços.



2015-01-02 11:57 GMT-03:00 GERMEN-Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental <m.claudio@germen.org.br>:
Sissi

Sua colocação é importantíssima para que a sociedade entenda que a tarefa é de exigir a apuração e PUNIÇÃO total dos desmandos na Petrobrás, mas dentro de um programa que seja saneador, de resgate e apropriação dessa empresa que mesmo já sendo de economia mista, ainda lhe pertence. Nunca de entrar na estratégia da mídia e seus comparsas que é de denegri-la para justificar a privatização como já fizeram com tantas outras empresas, órgãos, programas e bens públicos.

Ressaltei de amarelo a parte do seu texto que acho, poderia nortear uma campanha de alerta, pedindo-lhe licença para retirar dele, “a preço de banana”, por admitir a venda, a substituição do “Gilmar” por “operadores da lei”, por que se não fosse ele seria outro, há sempre um entreguista de plantão, e “acusados” por “assaltantes”, pois não precisamos ser polidos perante criminosos em ações tão explícitas de Lesa pátria.

Saudações Socioambientalistas
Claudio Mascarenhas
GERMEN-Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental-Ano 33                                



De: Sissi Vigano [mailto:sissiv@gmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 2 de janeiro de 2015 10:27
Para: ngkessin@usp.br
Cc: GERMEN-Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental; Dimitri Ganzelevitch; Emerson Andrade Sales; fagner dantas; Hamilton Assis; Henrique Oliveira de Azevedo; hiltonbcoelho; jpo; Lourenço Mueller; m alban; Marcos Pierry; marcos ufba psol; olavo@gruposonar.com.br; Paulo Ormindo AZEVEDO; Roberio Otter; Thales; Carl von Hauenschild
Assunto: Re: Ação Preliminares das bases

Concordo com Claudio, o sucateamento da Educação é um problema vital, e não mobiliza ninguém à ação. Por quê?
A questão da refinaria me causou estranheza, mas parece que só a mim. Eu achava que Put Option era um derivativo, instrumento financeiro, e que só instituição financeira intermediasse essas operações. Mas diz o Estadão que é absolutamente trivial usá-lo em contratos administrativos de compra e venda. Já a cláusula Marlim era evidentemente leonina em nosso desfavor...e agora são eles que processam o Brasil. Não entendo, e nem sou tão analfabeta assim.

Agora não se fala na compra da refinaria, mas em propinas. Não sou acionista, pois acho o mercado de capitais um negócio puramente especulativo, mas espero que não resolvam vender a nossa Petrobrás a preço de banana, como fizeram com a Vale. Um verdadeiro crime de lesa-pátria, talvez o maior deles, com mais de cem processos na Justiça desde 1997, dezenas de ações populares, e um Gilmar Mendes pra defender os acusados. e operadores da lei que venham a defender os assaltantes  Deste escândalo, nós já nos esquecemos...

Feliz 2015 a todos.

OBS- Lula que se apresentou como sendo uma liderança do movimento de resistência ao assalto da Vale, feito por FHC, logo depois tornou-se presidente do Brasil com apoio popular maciço e tendo todas as condições políticas (índices recorde de aprovação) e jurídicas (auditorias estrangeiras alertavam que não podiam dimensionar o valor da Vale pois não existia nada similar no mundo e que o valor lançado no leilão era uma vergonhosa fantasia) para buscar a anulação da negociata e a reintegração de posse, nunca mais, até hoje, tocou nesse assunto

2015-01-02 9:03 GMT-03:00 <ngkessin@usp.br>:

Povo,

Então depois de tantos desabafos, vamos à ação!
Primeiro coletar informações de detalhes sobre esse processo e quais alternativas dispomos para interferirmos de alguma maneira pensando também nos desdobramentos desta ação.

Sugiro também entrar com uma ação contra a decisão de Jacques Wagner de privilegiadamente se dar uma aposentadoria vitalícia após O-I-T-O anos de trabalho enquanto o resto tem que trabalhar 40 anos e receber uma aposentadoria miserável.

Nagírley






De: "GERMEN-Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental" <m.claudio@germen.org.br>
Para: "Carl von Hauenschild" <cvhauenschild@gmail.com>
Cc: "Dimitri Ganzelevitch" <dimitri.bahia@gmail.com>, "Emerson Andrade Sales" <andradesales.emerson@gmail.com>, fagnerd@yahoo.com.br, "Hamilton Assis" <hamassis@bol.com.br>, "Henrique Oliveira de Azevedo" <arquitetohenrique@gmail.com>, "hiltonbcoelho" <hiltonbcoelho@yahoo.com.br>, jpo@uol.com.br, "Lourenço Mueller" <muellercosta@gmail.com>, "m alban" <m.alban@uol.com.br>, "Marcos Pierry" <marcospierry@yahoo.com.br>, "marcos ufba psol" <marcos.ufba@terra.com.br>, ngkessin@usp.br,olavo@gruposonar.com.brormindo1@terra.com.br, "Roberio Otter" <roberiootter@gmail.com>, "Thales" <thales@palestras.com.br>, "sissi" <sissiv@gmail.com>
Enviadas: Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2014 15:00:01
Assunto: RES: RES: Cidade americana de Providence entra com ação coletiva contra Petrobras e Graça Foster nos EUA por ter contabilizado as propinas e registrou como parte do valor dos seus ativos

Explico:  Procurei dar uma versão mais “pé no chão” à resposta tão inteligente e sarcástica que Roberto Woolf lhe deu. O que disse é uma relação direta de causa e efeito.
A estratégia de não educar, consolidou a mentalidade de colonizado e com isso, nunca existiu o exercício da cidadania consciente. Por isso :
a esmagadora maioria não conhece os seus direitos.
Da parcela que conhece, uma primeira parte não reclama por que a lavagem cultural feita pelo sistema, colocou na sua cabeça que reclamar é feio, cafona, coisa de gente pobre e ignorante, uma segunda parte não reclama por que vive lambendo as botas do poder e as represálias e o expurgo político com perda das “boquinhas” para refazerem as suas contas bancarias que sofreria, seriam maiores que os prejuízos do momento e uma terceira parte não pode abrir a boca contra nada por que tem rabo preso. A origem do dinheiro empregado nas ações é proveniente de desvio dos cofres públicos, ou atividades ligadas ao crime organizado e ou sem recolhimento de impostos, etc, etc Nessa parcela é alta a incidência dos “laranjas” que emprestaram o nome em troca de alguns reais.

Embora todas as formas de analfabetismo reduzam o ser humano à condição de quase irracional, a pior de todas é o analfabetismo político e nesse aspecto, somos um dos mais analfabetos mesmo dentro da América Latina

Claudio Mascarenhas

De: Carl Hauenschild, von [mailto:cvhauenschild@gmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 29 de dezembro de 2014 12:26
Para: GERMEN-Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental
Assunto: Re: RES: Cidade americana de Providence entra com ação coletiva contra Petrobras e Graça Foster nos EUA por ter contabilizado as propinas e registrou como parte do valor dos seus ativos

Minha pergunta foi outra.
Por que cidadoes e pequenos acionistas brasileiros da petrobras e fundos de pensao nao fazem isto aqui no brasil para responsabilizar os gestores destes pela malversacao dos recursos publicos?????
Em 27/12/2014 14:18, "GERMEN-Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental" <m.claudio@germen.org.br> escreveu:
HISTORICAMENTE COM MENTALIDADE DE COLONIZADO, DAÍ SUBSERVIENTE, ENTREGUISTA E NÃO VALORIZADOR DE SUAS RAIZES E SEUS BENS CULTURAIS E AMBIENTAIS.

ESSE DNA SE PERPETUA COM A PERVERSA ESTRATEGIA DO IMPERIALISMO, QUE IMPÔS ATRAVEZ DE GOVERNANTES DO PERFIL SUPRA CITADO, 514 ANOS DE SABOTAGEM À EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO DESSE POVO

De: Roberto Woolf [mailto:woolf.roberto@gmail.com]
Enviada em: sexta-feira, 26 de dezembro de 2014 17:38
Para: Carl von Hauenschild
Cc: Alexandre Teles; Daniel Colina; FFA; giesi@creaba.org.br; Claudio de Carvalho Mascarenhas; Gerd von Hauenschild; genivaldonascimentotavares@gmail.com; Wolfgang Reiber arq; Júlio Reis; Jan Eichbaum; ANGELO; Henrique Barreiros; Agostinho Muniz; Aladilce Souza; noronha.andrea@hotmail.com; asher kiperstok; Celson Oliveira; Dante Teles; Dimitri Ganzelevitch; Emerson Andrade Sales; Fagner; Hamilton Assis; Henrique Oliveira de Azevedo; hiltonbcoelho; jpo; Lourenço Mueller; m.alban; Marcos Pierry; marcos ufba psol; ngkessin@usp.br; Olavo Fonseca Filho; ormindo1; Roberio Otter; Sisi Araujo; Thales
Assunto: Re: Cidade americana de Providence entra com ação coletiva contra Petrobras e Graça Foster nos EUA por ter contabilizado as propinas e registrou como parte do valor dos seus ativos

Por que?!  Porque somos um povo "ordeiro e pacifico".

Em 26 de dezembro de 2014 08:49, Carl von Hauenschild <cvhauenschild@gmail.com> escreveu:

Cidade americana de Providence entra com ação coletiva contra Petrobras nos EUA por ter contabilizado as propinas e registrou como parte do valor dos seus ativos
Pergunta:
Isto tanto é delito no BRASIL quanto nos EUA ou qualquer sistema financeira do mundo.
Por que os milhares cidadãos acionistas prejudicados no Brasil não entram na justiça brasileira tanto contra a PETROBRAS ????
Nem os Fundos de Pensão que perderam enormes recursos dos seus inúmeros pensionistas nestas jogadas ilegais ????



Cidade americana de Providence entra com ação coletiva contra Petrobras e Graça Foster nos EUA
Capital de Rhode Island investiu em títulos da estatal e alega ter sido prejudicada por caso de corrupção
POR RENNAN SETTI
25/12/2014 15:42 / ATUALIZADO 25/12/2014 17:39

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RIO — Depois de investidores, agora é a vez de uma cidade processar a Petrobras nos Estados Unidos. Na véspera de Natal, a capital do estado de Rhode Island, Providence, entrou com uma ação coletiva contra a estatal, duas de suas subsidiárias internacionais e vários membros de sua diretoria, incluindo a presidente Maria das Graças Foster. A ação foi iniciada no Tribunal Distrital de Nova York com o argumento de que investidores adquiriram papéis da petrolífera com preços inflados porque a companhia firmou contratos superfaturados à base de propina.
O processo, de número 14 CV 10117, há a acusação de a Petrobras ter contabilizado as propinas reveladas na operação Lava-Jato como custos relacionadas à construção e instalação de sua infraestrutura e os registrou como parte do valor dos seus ativos. Diferentemente das outras ações coletivas impetradas contra a companhia nos EUA, no processo, Providence também quer ser ressarcida pelo prejuízo com os títulos de renda fixa lastreados em dívida da Petrobras.
Por isso o processo também acusa a Petrobras International Finance Company (PIFCo) e a Petrobras Global Finance B.V. (PGF), subsidiárias da estatal brasileira baseadas respectivamente em Luxemburgo e em Roterdã, na Holanda, envolvidas na emissão de títulos da empresa. A ação menciona, por exemplo, que PifCo vendeu US$ 7 bilhões em títulos em fevereiro de 2012 e que a PGF ofereceu US$ 19,5 bilhões em notas em maio de 2013 e em março de 2014. Ao todo, a petrolífera levantou US$ 98 bilhões no mercado internacional, acusa a cidade de Providence.
O tempo coberto pelo processo também é maior que o dos anteriores: entre 21 de novembro de 2014 e 22 de janeiro de 2010, em vez do 20 de maio estipulado nas outras ações. Além das subsidiárias e da presidente Graça Foster, são relacionados como réus na ação Almir Barbassa, diretor-financeiro, e José Raimundo Brandão Pereira, que ocupava a gerência executiva de marketing e comercialização da Petrobras até abril deste ano. Ao todo, a ação relaciona 13 pessoas e 15 instituições financeiras, como os gigantes Morgan Stanley, HSBC Securities, e o Itaú BBA nos EUA. Os bancos são citados como réu porque atuaram como garantidores dos valores mobiliários emitidos pela companhia.
A cidade de Providence alega gerenciar “centenas de milhões de dólares em ativos em nome de milhares de beneficiários associados com a cidade, incluindo funcionários públicos na ativa e aposentados, assim como seus dependentes.” A cidade queixosa alega que comprou títulos da Petrobras e foi prejudicada no período coberto pela ação coletiva.
“Antes e durante o período coberto por esta ação coletiva, a Petrobras empreendeu seu plano para aumentar sua capacidade de produção. Esses planos envolviam a aquisição e a construção de novas unidades e de ativos de produção petrolífera. Por exemplo, em 2006, a companhia comprou participação de 50% em uma refinaria em Pasadena, Texas, por US$ 360 milhões, com objetivo de dobrar a capacidade da refinaria, de 100 mil barris por dia. Em 2010, a Petrobras modificou o plano de construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) — projeto originalmente lançado em 2004 para a construção de complexo de refinaria petroquímica com capacidade de processar 150 mil barris por dia, com custo de US$ 6,1 bilhões —, expandindo o custo total para estimados US$ 26,87 bilhões”, elencou o documento. “Os planos de expansão da Petrobras também exigiram investimentos substanciais de capital. Para satisfazer esse necessidade de capital, a Petrobras se submeteu a diversas ofertas de papéis, vendendo mais de US$ 98 bilhões em títulos registrados na NYSE, incluindo notas e American Depositary Shares (“ADSs”) representando ações ordinárias e preferenciais”
Segundo dados disponíveis no sistema de informações jurídicas Bloomberg Law, o processo foi iniciado no dia 24 de dezembro e a Petrobras ainda não foi notificada sobre ela. Com esse processo, já são pelo menos 11 ações coletivas contra a Petrobras nos EUA. A Justiça do país prevê que, posteriormente, esses processos similares serão unificados em apenas uma ação.

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