– 896,9 mil indígenas (Censo 2010)
– 305 etnias indígenas: distribuídos em 250 terras indígenas, e, mais de 50% de indígenas fora delas, nos grandes centros urbanos.
– mais de 270 línguas diferentes e uma imensa diversidade entre os povos. Apesar do mapa elencar as principais etnias, neste link do ISA você pode ver um quadro geral dos povos indígenas por informações demográficas e famílias linguisticas:http://goo.gl/ObJgKy. Ainda assim, "no Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é" (http://goo.gl/eztO) – Eduardo Viveiros de Castro.
E mais:
“[...] índio não é um conceito que remete apenas, ou mesmo principalmente, ao passado – é-se índio porque se foi índio –, mas também um conceito que remete ao futuro – é possível voltar a ser índio, é possível tornar-se índio. A indianidade é um projeto de futuro, não uma memória do passado.”
(Eduardo Viveiros de Castro, 2011)
http://www4.uninove.br/ ojs/index.php/prisma/ article/view/3311/2143
https://www.facebook.com/ photo.php?fbid=102032322821 49260&set=a.3477911147904. 2158719.1275011176&type=3& theater
"Índio não é uma questão de cocar de pena, uruku e arco e flecha, algo de aparente e evidente nesse sentido estereotipificante, mas sim uma questão de “estado de espírito”. Um modo de ser e não um modo de aparecer. Na verdade, algo mais (ou menos) que um modo de ser: a indianidade designava para nós um certo modo de devir, algo essencialmente invisível mas nem por isso menos eficaz: um movimento infinitesimal incessante de diferenciação, não um estado massivo de “diferença” anteriorizada e estabilizada, isto é, uma identidade. (Um dia seria bom os antropólogos pararem de chamar identidade de diferença e vice-versa.) A nossa luta, portanto, era conceitual : nosso problema era fazer com que o “ainda” do juízo de senso comum “esse pessoal ainda é índio” (ou “não é mais”) não significasse um estado transitório ou uma etapa a ser vencida. A idéia é a de que os índios “ainda” não tinham sido vencidos, nem jamais o seriam. Eles jamais acabar(i)am de ser índios, “ainda que”... Ou justamente porquê. Em suma, a idéia era que “índio” não podia ser visto como uma etapa na marcha ascensional até o invejável estado de “branco” ou “civilizado”.
"Então, em vez de fazer o pobre ficar mais parecido com você, você tem que ajudar o pobre a ficar mais parecido com ele mesmo. O que é o pobre positivado? Não mais transformado em algo parecido comigo, mas transformado em algo que ele sempre foi, mas que impedem ele de ser ao torná-lo pobre. O quê? Índio. Temos de ajudá-los a lutar para que eles mesmos definam seu próprio rumo, em vez de nos colocarmos na posição governamental de: “Olha, eu vou tirar vocês da pobreza”. E fazendo o quê? Dando para eles consumo, consumo, consumo" (http://goo.gl/47LEYB).
— with Rita Vieira.
– 305 etnias indígenas: distribuídos em 250 terras indígenas, e, mais de 50% de indígenas fora delas, nos grandes centros urbanos.
– mais de 270 línguas diferentes e uma imensa diversidade entre os povos. Apesar do mapa elencar as principais etnias, neste link do ISA você pode ver um quadro geral dos povos indígenas por informações demográficas e famílias linguisticas:http://goo.gl/ObJgKy. Ainda assim, "no Brasil todo mundo é índio, exceto quem não é" (http://goo.gl/eztO) – Eduardo Viveiros de Castro.
E mais:
“[...] índio não é um conceito que remete apenas, ou mesmo principalmente, ao passado – é-se índio porque se foi índio –, mas também um conceito que remete ao futuro – é possível voltar a ser índio, é possível tornar-se índio. A indianidade é um projeto de futuro, não uma memória do passado.”
(Eduardo Viveiros de Castro, 2011)
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"Índio não é uma questão de cocar de pena, uruku e arco e flecha, algo de aparente e evidente nesse sentido estereotipificante, mas sim uma questão de “estado de espírito”. Um modo de ser e não um modo de aparecer. Na verdade, algo mais (ou menos) que um modo de ser: a indianidade designava para nós um certo modo de devir, algo essencialmente invisível mas nem por isso menos eficaz: um movimento infinitesimal incessante de diferenciação, não um estado massivo de “diferença” anteriorizada e estabilizada, isto é, uma identidade. (Um dia seria bom os antropólogos pararem de chamar identidade de diferença e vice-versa.) A nossa luta, portanto, era conceitual : nosso problema era fazer com que o “ainda” do juízo de senso comum “esse pessoal ainda é índio” (ou “não é mais”) não significasse um estado transitório ou uma etapa a ser vencida. A idéia é a de que os índios “ainda” não tinham sido vencidos, nem jamais o seriam. Eles jamais acabar(i)am de ser índios, “ainda que”... Ou justamente porquê. Em suma, a idéia era que “índio” não podia ser visto como uma etapa na marcha ascensional até o invejável estado de “branco” ou “civilizado”.
"Então, em vez de fazer o pobre ficar mais parecido com você, você tem que ajudar o pobre a ficar mais parecido com ele mesmo. O que é o pobre positivado? Não mais transformado em algo parecido comigo, mas transformado em algo que ele sempre foi, mas que impedem ele de ser ao torná-lo pobre. O quê? Índio. Temos de ajudá-los a lutar para que eles mesmos definam seu próprio rumo, em vez de nos colocarmos na posição governamental de: “Olha, eu vou tirar vocês da pobreza”. E fazendo o quê? Dando para eles consumo, consumo, consumo" (http://goo.gl/47LEYB).
Tupinambás, no Rio. Eram de qual família linguística para não constarem do mapa?
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