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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

UM PÉSSIMO ADVOGADO

DIRCEU MOSTRA SER PÉSSIMO ADVOGADO E SE TORNA RÉU CONFESSO



Carlos Newton
O ex-ministro José Dirceu é formado em Direito, mas suas biografias não informa como concluiu o curso, iniciado em 1965 na PUC de São Paulo, no mesmo ano em que iniciou sua militância política como vice-presidente do Diretório Central de Estudantes, no período 1965-66. Ainda em 1966, rompeu com o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e ajudou na formação paulista das chamadas “Dissidências”. Dedicava-se mais à política do que à Faculdade e em 1967 presidiu a União Estadual de Estudantes (UEE), firmando-se como líder estudantil. Em 1968 foi preso em Ibiúna, interior de São Paulo, na frustrada realização do XXX Congresso da União Nacional de Estudantes (UNE).
Foi banido para Cuba, só voltou ao país  em 1971 e viveu clandestinamente até 1979, quando houve a anistia. Ele então retornou a Cuba para desfazer a cirurgia plástica que fizera, e retomou sua verdadeira identidade.
Concluiu o curso de Direito (não se sabe em qual faculdade) e se registro na Ordem dos Advogados, Seção de São Paulo, em 28 de outubro de 1987, quando já era deputado estadual pelo PT. E o registro está valendo até hoje.
As informações são nebulosas, não se tem notícia de que tenha exercido a profissão, pois desde essa época dedicou-se inteiramente à política.
EM CAUSA PRÓPRIA
O maior problema de Dirceu, hoje, é que tem advogados constituídos, mas se considera capaz de conduzir a auto-defesa, embora conheça do ditado jurídico que diz o seguinte: “Quando um advogado decide fazer a própria defesa, temos um idiota defendendo outro idiota”.
É exatamente isso que está acontecendo. As reportagens mostra que Dirceu tem dedicado parte de seu tempo na prisão para estudar seu processo. Nessa tentativa de fazer a autodefesa ele se complicou e acabou caindo na maior armadilha jurídica – ao depor perante o juiz federal Sergio Moro, ele se deixou levar pela vaidade e acabou se tornando “réu confesso”.
“Sem falsa modéstia, R$ 120 mil (por mês) é irrisório”, afirmou Dirceu, ao justificar ao juiz os valores cobrados por ele para prestar consultoria. Inacreditavelmente, o ex-ministro petista disse que os valores cobrados eram baixos em troca de “emprestar seu nome e prestígio” às empresas investigadas na Operação Lava-Jato, acrescentando que não havia projetos nem consultorias por escrito.
O advogado/consultor José Dirceu, que inclusive continuou recebendo pagamentos quando estava preso na Papuda, em Brasília, não entendeu que é acusado justamente por tráfico de influência. Portanto, ao admitir que emprestava “seu nome e prestígio” para as empresas, na realidade Dirceu estava simplesmente confessando o crime de tráfico de influência.
“Como foi definido esse preço de R$ 120 mil?” — perguntou o juiz.
“Sem falsa modéstia, R$ 120 mil (por mês) é irrisório” — afirmou o ex-ministro. “Quero aproveitar para declarar que estou sendo alvo de notícias que eu enriqueci. Que eu tenho um patrimônio de R$ 40 milhões. A minha empresa faturou R$ 40 milhões, 85% são despesas, são custeios. Eu ganhei o que ganha qualquer consultor ou advogado, R$ 60 mil, R$ 80 mil por mês — respondeu Dirceu, confirmando que se tratava de um idiota defendendo outro idiota. A empresa dele tinha meia dúzia de funcionários. Como poderia gastar 85% em custeio?

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