Problema da Barra mostra falta de planejamento, diz arquiteto
'Acredito que o prefeito teve boa intenção, mas sem planejamento técnico que prove sua viabilidade não resolve', afirma Thales de Azevedo
A liberação do trafego de veículos no Porto da Barra durante a semana dividiu opiniões. Enquanto uns elogiam a medida por considerar que vai beneficiar o comércio e a mobilidade da região, outros consideraram a decisão um retrocesso e temem que a pressão acabe levando a liberação do tráfego também no Farol.
Segundo o site Gente e Mercado, o arquiteto Thales E. de Azevedo afirmou que “A gestão urbana que privilegia o carro em detrimento da mobilidade coletiva, da bicicleta e principalmente do pedestre é uma gestão tecnicamente ultrapassada. Acredito que o prefeito teve boa intenção, mas sem planejamento técnico que prove sua viabilidade não resolve”, destacando a questão do piso intertravado utilizado na reforma de toda a orla, que, segundo ele, não tem resistência para suportar um tráfego intenso.
“Esse piso é utilizado na Holanda, por exemplo, em vias secundárias de tráfego reduzido e lento. O uso intenso tenderá a aumentar o custo de manutenção desta via”. Em suma, tudo isto está acontecendo por falta de planejamento, ressalva.
Para o arquiteto, mais importante do que abrir as vias era a gestão municipal ter implantado um projeto de boulevard, onde esteja contemplado sombreamento e conforto para o pedestre. “O que temos é uma via árida, sem arborização e que só começa a ser ocupada pelos usuários depois das 17 horas, quando o sol é menos forte”, conclui.
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