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sábado, 7 de fevereiro de 2015

PASSEIO PÚBLICO

POR ALBENÍSO FONSECA

Passeio Público já não tem charme e esplendor do passado


Patrimônio histórico, ambiental e cultural de Salvador, o Passeio Público, ao lado do Palácio da Aclamação e ao fundo do Quartel da Polícia Militar, está abandonado e relegado à condição de um equipamento de menor importância na malha urbana do Centro da cidade, embora se trate de uma das poucas áreas com “acervo verde” e importante espaço destinando à cultura e lazer da capital. 
Sob responsabilidade do IPAC-Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural, o local dispõe de um projeto de revitalização desde 2003. A intervenção urbanística, contudo, permanece sob o embargo dos contingenciamentos impostos no final da gestão do ex-governador Jacques Wagner através da Secult-Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, então sob administração do professor e teórico da Comunicação, Albino Rubim.
Bancos de jardins, luminárias e calçadas arrebentados. Placa sinalizadora do espaço depredada por vandalismo, fontes luminosas e coretos desativados é o cenário existente.
A Prefeitura até promoveu, ontem pela manhã, uma capinagem no matagal que comprometia ainda mais a perda de estética do jardim – ornado de árvores frutíferas, mas em visível ação pontual em função do Carnaval. O espaço foi adquirido em 1803 pelo governador da Bahia à época, Francisco da Cunha Menezes e inaugurada, em 1810, pelo 8º Conde dos Arcos, dom Marcos de Noronha e Brito, também governador do estado, com o propósito de ser um espaço dedicado à cultura e ao lazer. 
Diversos outros governantes empreenderam reformas e instalaram novos equipamentos, de ginástica e parque infantil, ampliando o atrativo do local. Durante visita do Imperador dom Pedro II, à Bahia, em 1859, foram plantadas as primeiras palmeiras imperiais no Passeio Público. Em 1990, durante o governo Waldir Pires, o local recebeu tratamento e nova reforma. 

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