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domingo, 4 de janeiro de 2015

QUAIS SERIAM AS SOLUÇÕES?

COMENTÁRIO DO BLOGUEIRO
Não peguei o princípio do debate, mas cada texto me parece importante na sua lucidez

Carl
Concordo e me coloco como integrante do campo do planejamento que recomenda os procedimentos que você comentou, mas o planejamento no Brasil de hoje, quando é usado, é usado só como um discurso de fachada que é totalmente descolado da pratica, para proteger os interesses outros e nunca os da Nação, seus ativos e sua população.
O que estávamos comentando foi que infelizmente o povo não tem noção dos seus direitos e muito menos qual a causa da sua alienação. Se os que conseguiram possuir ações de empresas são omissos imagine o restante que não sabe como vai pagar a conta de agua e luz no fim do mês.
O seu nível pessoal de conscientização está tão distante dessa alienação que você acredita ser possível corrigirmos o rumo das deformações do país, sem discutirmos as causas. Como se existissem condições para um diálogo elevado da população com os governantes e os capitalistas, como se  eles estivessem com os mesmos nossos propósitos de correção e por isso, não houvesse necessidade de denunciarmos as premeditadas causas e extrairmos os verdadeiros tumores.  Falávamos das principais causas, (educação/cultura/informação, às quais podemos juntar a não reforma agraria) ainda não tínhamos abordado o que fazer após concensuarmos o diagnostico da causa por que os caras não o reconhecerão nunca, até que o povo prove e se mobilize à altura .
  Como disse anteriormente, em relação a seu estranhamento com a omissão dos acionistas brasileiros, procurei trazer a visão de causa e efeito, analise inicial obrigatória para qualquer planejamento de ações transformadoras diferentes do “jeitinho brasileiro” de minorar os efeitos e camuflar as causas.

Isso e os acréscimos que eu e Sissi fizemos nas mensagens seguintes, também se aplica à sua nova inquietação de como o estado trata,controla e administra suas empresas

Sobre a nossa constituição, não disse que a considero imexível, embora nos países que têm povos conscientes, os governos não ousam brincar com isso; o que disse é que o que foi alterado, foi sempre prejudicial à nação e ao povo brasileiro. Propus um diagnostico sobre as alterações feitas e em curso e um acompanhamento com ampla participação social do dia a dia do congresso daqui em diante..

Abraço
Claudio

Entendo que hoje as circunstâncias sejam diferentes, mas não são definitivas. Não parece distante o dia em que o projeto de direita retorne ao poder federal, considerando a votação que a candidatura do PSDB recebeu nas últimas eleições. No longo prazo, a história se repete...a não ser que tenhamos campanhas de conscientização tão fortes quanto a rede Globo. Ou um sistema educacional melhor.

Uma coisa é certa: economia não é sinônimo de desenvolvimento humano. A ideologia neoliberal aprofunda as desigualdades sociais, então a economia pode ir bem, e o povo ir mal. Não existe, portanto, uma altíssima competência "neutra". Os atuais gestores da Vale podem ser altissimamente competentes em entregar dividendos imediatos, mas a que preço? Práticas predatórias, exploração de mão-de-obra terceirizada (que nem nas estatísticas de acidentes aparece), importação de matriz energética dos países mais poluidores do planeta e um viés financeiro que só beneficia aos financistas, que são, aliás, os maiores acionistas da empresa. Competência?
O fato é que o objetivo de lucro é incompatível com o interesse público das mais variadas formas, e o caso da Vale ilustra isso numa escala brutal. Não é privatizando que recuperaremos a capacidade de planejar. Ao contrário, o poder econômico não vai se submeter a um Estado fraco. Provendo alguns empregos, por exemplo, o Estado diminui o poder de barganha da elite capitalista. Já pensou a perversidade que seria a concentração de renda de hoje num mundo com mão de obra infinita e ociosa? Credo.
O poder econômico precisa, primeiro, ser pulverizado. A Lei de Meios é um bom exemplo dessa possibilidade. Depois, recuperemos nossa soberania, que continua nas mãos do FMI, segundo dizem. A reforma política proposta pode, sim, tirar o poder de decisão das mãos da elite nada representativa que se instalou no Governo, sem rasgar a Constituição e sem golpes insidiosos. Enfim, estamos a caminho...

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