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sábado, 6 de julho de 2013

RENAN CANALHAS RECUA

Renan recua e promete pagar R$ 32 mil por uso de 

avião da FAB






O presidente do Senado utilizou avião oficial para ir ao casamento da filha do líder do PMDB na Casa. Antes, Calheiros havia sido taxativo de que não faria qualquer devolução de recursos
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ontem que vai ressarcir aos cofres públicos a despesa referente à viagem que fez com sua mulher em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a uma festa de casamento na Bahia. De acordo com nota da presidência da Casa, serão pagos “R$ 32 mil - relativos ao uso da aeronave em 15 de junho entre as cidades de Maceió, Porto Seguro e Brasília, objeto de dúvidas levantadas pelo noticiário”.

Calheiros recuou de decisão tomada anteontem de não devolver o dinheiro gasto em viagem, num sábado, para participar de casamento da filha de Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo na Casa. O episódio foi revelado ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. O presidente do Senado não detalhou o motivo da mudança de posição. Em nota, a assessoria de imprensa da Presidência da Casa diz ainda que, “sensível à nova agenda e aos novos tempos”, o Senado vem fazendo “cortes substanciais de seus custos, eliminando redundâncias e ampliando a transparência e o controle social”.

Na quinta-feira, ele alegou em entrevista e nota oficial que foi à festa dentro de “compromisso” como presidente do Senado e, como chefe de Poder, tem direito a usar a aeronave mesmo quando a viagem não é oficial. O presidente do Senado disse ainda que pretende acionar o Conselho de Transparência e Controle Social da Casa para que ela se posicione sobre assunto, definindo de forma clara em que condições as aeronaves da FAB podem ser usadas por senadores.

Ontem, disse, há uma “zona cinzenta em relação a isso (uso de aeronaves da FAB). Temos que deixar claro o que é ou não legal”. O valor a ser desembolsado será equivalente a despesas de passagem aérea, de ida e volta, entre Maceió (AL) e Porto Seguro (BA). “Como é uma prática comum, é importante que a partir da transparência se tenha uma resposta positiva”, disse. Criado em abril deste ao, o órgão tem como tarefa tentar tornar as informações do Senado mais transparentes, especialmente aquelas relacionadas a gastos da instituição e dos parlamentares.

Na ocasião, ele convidou para integrar o conselho servidores da Casa e três representantes da sociedade civil: Cláudio Abramo, diretor da ONG Transparência Brasil, Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa e Jorge Abrahão, diretor-presidente do Instituto Ethos.

Eduardo Alves
Na quarta-feira, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), também informou que iria devolver aos cofres públicos R$ 9,7 mil por ter levado a família em avião da FAB para ver a final da Copa das Confederações no domingo passado, no Maracanã. O custo do voo de Henrique teve uma base diferente da de Renan e foi calculado pela assessoria do deputado tendo como base o preço médio de passagens de ida e volta entre Natal e o Rio de Janeiro. (das agências)

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