domingo, 6 de setembro de 2015

KLIMT

Conheça a designer por trás dos vestidos pintados por Klimt


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Seja lá qual for o seu envolvimento (ou não) com a arte, é muito provável que alguma pintura de Gustav Klimt tenha passado pelos seus olhos. E o que causa espanto de cara é o esplendor das vestes quase psicodélicas exploradas em suas pinceladas. Mas o que nem todo mundo sabe é quem estava por trás disso.
Emilie Flöge é nome da moça, quase esquecido nas sombras do tempo.

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Emilie começou a trabalhar como uma costureira na virada do século XX, em Viena, na escola de costura da irmã mais velhaJuntas, elas ganharam um concurso de costura em 1899 e foram contratadas para desenhar uma peça para uma prestigiada exposição.

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A partir desse movimento elas conseguiram se estabelecer como empresárias de sucesso, abrindo um salão de alta-costura que chamaram de Schwestern Flöge (Irmãs Floge), situado em uma das principais vias vienenses.

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O seu salão passou a se tornar um dos principais endereços de moda para a sociedade vienense, seus contemporâneos em Paris eram Coco Chanel e Christian Dior e ela os acompanhou de perto. Fora do negócio que pagava suas contas, Emilie tinha um gosto mais rebelde do que a sociedade convencional conseguiria entender naquela época.
Porém,  certo pintor boêmio chamado Gustav Klimt entendeu tudo.

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Emilie e Klimt

Eles se conheceram quando ela tinha apenas 18 anos de idade. Sua irmã mais nova, Helenhavia sido casada com o irmão de Gustav, Ernst Klimt, mas morreu apenas um ano após o casamento. Gustav foi uma espécie de guardião de Helene na ausência de seu irmão, e tornou-se um convidado freqüente na casa de verão da família de Emilie no lago Attersee.


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Eles ficaram íntimos instantaneamente. Alguns insinuam que eles eram amantes e que o casal retratado por Klimt  em "O beijo" é na verdade, um auto-retrato dele e de Emilie. Amantes ou amigos, ela tornou-se uma companheira de vida e carreira do pintor. Ela se misturou em seus círculos de amigos a sociedade boêmia e alta roda da mesma forma, enquanto ele a enviava clientes prósperos de ambos os lados.


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Como Klimt, com seu estilo provocador e arte erótica, Emilie Flöge tinha a chama para a criação de algo revolucionário. Seus vestidos deveriam ser usados sem espartilho e pendiam dos ombros com mangas largas, muito confortáveis e bem diferente do que se encontrava na época.


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O design de Emilie foi influenciado pelo início do movimento feminista, que propôs um estilo mais prático e confortável, mas também inspirado pela boemia de Klimt. Klimt também projetou ao lado dela, para ela, e vice-versa.

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Foto tirada de Emilie por Klimt

Porém, os vestidos não vendiam. Eles eram muito revolucionários, muito à frente de seu tempo. Enquanto seus vestidos convencionais continuaram fazendo algum sucesso em seu salão em Viena, Klimt pintava para o alto escalão sociedade vienense personagens vestidos pela avant garde de Emilie. Em 2006, o quadro "Mulher de Ouro" de Klimt, Adele Bloch-Bauer I (1907), foi vendido por um recorde de US $ 135 milhões em Nova York.
Mesmo com o apoio de um renomado pintor como Klim, Emilie não viveria para ver o reconhecimento de seus projetos únicos e originais.

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