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domingo, 5 de julho de 2015

EXPOSIÇÃO SOBRE PEDRAS PORTUGUESAS

MHN recebe exposição sobre calçadas de pedras portuguesas


De 12 de junho a 1º de agosto, o Museu Histórico Nacional (MHN/Ibram), no Rio de Janeiro (RJ), recebe a versão ampliada da exposição Tatuagens urbanas e o imaginário carioca, que passou anteriormente por Recife (PE) e Belo Horizonte (MG), em 2011, e obteve grande sucesso de público. O evento faz parte das celebrações dos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, 
 
Promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro e pelo Comitê Rio450, a exposição apresenta a arte portuguesa de se fazer calçadas desenhadas, popularmente conhecida como "calçadas de pedras portuguesas": pavimentação que se utiliza de mosaicos de calcário em sua estrutura e cujos desenhos ganharam as ruas de cidades europeias e brasileiras.
 
A capital fluminense possui 1,218 milhões de metros quadrados de calçamento em pedras portuguesas, sendo os mais emblemáticos o canteiro central da orla de Copacabana, projetado pelo paisagista e arquiteto Burle Max (1909-1994), e o Calçadão de Copacabana – cuja imagem é reconhecida em todo mundo.
 
Parcerias e obras originais
 
"Por meio de acervos de Instituições de Portugal e do Brasil, apresentamos telas, desenhos, fotos e moldes que formam um conjunto expositivo da maior relevância para se conhecer o tema proposto: as calçadas portuguesas", explica a pesquisadora e produtora cultural Renata Lima, coordenadora do projeto e autora do livro Tapetes de pedra, que inspira a exposição.
 
"A parceria com a Câmara de Lisboa nos possibilitou empréstimos de obras originais, verdadeiros tesouros do patrimônio urbano", comenta Renata. Além de fotografias de várias épocas impressas no livro, novas fotos aéreas das calçadas da cidade, feitas por Bruno Veiga, também estarão expostas no MHN, bem como documentos e estrutura multimídia.
 
A exposição está dividida em três módulos: um recorte Histórico, com acervos de instituições como o Museu da Cidade de Lisboa, Museu da Cidade e Museus Castro Maya/Ibram, além de registros relacionados aos calçadões de Copacabana e Ipanema, que tem curadoria de Solange Godoy. Já o módulo Calceteiro conta com acervo do Museu dos Moldes de Lisboa, além de fotografias e filmes de várias épocas.
 
O terceiro módulo, Imaginário Carioca, reúne objetos inspirados nas calçadas do Rio de janeiro e revela como o carioca se apropriou dessa marca registrada da cidade no design de joias, mobiliário, obras de arte, moda etc.
 
As peças foram reunidas por Didi Resende, responsável pela curadoria do módulo, ao lado da jornalista Lenora de Vasconcellos. A cenografia da exposição leva a assinatura de Daniela Thomas e Felipe Tassara.
 
Como construir calçadas
 
Em paralelo à exposição, o projeto vai discutir a importância da conservação e adaptação das calçadas aos novos padrões de mobilidade e acessibilidade urbanas, além de formar novos calceteiros, por meio de seminários e oficinas especializadas. A partir do dia 15 de junho, o Curso de Qualificação de Mestres Calceteiros incluirá aulas com mestres que trabalham na Prefeitura de Lisboa, que ensinarão a técnica do calçamento em pedras portuguesas.
 
O objetivo da Prefeitura com esse curso de especialização é reciclar o grupo de calceteiros e garantir a qualidade do assentamento de pisos em pedra portuguesa na cidade. Ao final do curso, os calceteiros formados serão responsáveis pela construção de novas calçadas, a partir de desenhos selecionados por meio de um concurso realizado na Escola de Artes do Parque Lage.
 
Já o Seminário Calçadas Públicas ocorre no dia 23 de junho, no Auditório do Museu Histórico Nacional, em três mesas de debate, das quais participam, entre outros convidados, o coordenador da Equipe do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa, Pedro Home de Gouveia, o presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), Washington Fajardo, e o secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Marcus Belchior. O seminário é gratuito é aberto ao público.
 
O Museu Histórico Nacional está localizado na Praça Marechal Âncora (próximo à Praça XV), no centro do Rio. Está aberto ao público de terça a sexta-feira, das 10h às 17h30, e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h. O ingresso custa R$ 8, sendo a entrada gratuita aos domingos. 
 
Assessoria de Comunicação
Instituto Brasileiro de Museus
Ministério da Cultura
 
 
 

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