domingo, 5 de abril de 2015

SOBRE AZULEJOS

RITA RAMOS

Portugal  talvez seja  o país mais azulejado da Europa Ocidental, são cinco séculos de azulejos sob a "evolução" portuguesa. Um documentário que vale muito a pena. 

O Museu do Azulejo em Lisboa é outro local que vale muito a pena ser visitado. Voltando para Salvador, infelizmente o clima da cidade complica ainda mais a sua salvaguarda e manutenção, mas ainda assim é possível manter o estado de preservação com intervenções adequadas (mas que não estão sendo). 

É possível visitar a Ordem Terceira do São Francisco, no Pelourinho e constatar exemplares únicos no mundo português e que registra um documento importante iconográfico que é Lisboa antes do terremoto de 1755. Só há  em Salvador e em Lisboa, no Museu de Lisboa (em pinturas). 

A Prefeitura de Salvador e o Governo da Bahia tem muito que aprender com o que Portugal faz de mais positivo com os seus sítios e lugares históricos. A nossa memória é de suma importância para entender o nosso cotidiano, o nosso lugar no mundo e pode servir de "combustível" para errar menos. 

O passado nos "indica" caminhos para errar menos. É preciso respeitar a história. Infelizmente aqui a vida tem seguido com passos de levar a história em um caldeirão de fatos descartáveis. Nós podemos fazer muito mais em Salvador, basta querer e ter coragem. Não podemos desrespeitar por alto o tal do "é tudo nosso, nada deles", mas não dá pra aplaudir o "é tudo nosso, nada deles" sem educar em casa e tornar o cidadão civilizado para respeitar a urbe, a cidade. Salvador precisa voltar a ser mais "civilizada". 

Sugiro no lugar de ficar com ideias desconectadas de que os "portugueses" nos "roubaram ouro", (falácia), talvez o momento histórico era de "tudo deles e nada ainda nosso". devemos no século XXI ser mais inteligentes e olhar o outro com vontade de aprender para evoluir. 

Estamos nos atrasando cada vez mais. É assim.




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